segunda-feira, abril 18, 2005

Umas no cravo...


Deixem que vos diga que

(1) Me enganei quando receei que a questão dos medicamentos não sujeitos a receita médica pudesse ser uma mera troca de “lobbies”.

(2) Quando tive esperança de que o governo fosse capaz de definir primeiro o que seriam lugares de “confiança política” e só depois avançar com as suas nomeações, acertei.

(3) Reconheço que não fui justo quando insinuei que a afirmação de que não haveria aumento de impostos fosse apenas para adiar e prolongar por mais tempo o “estado de graça” do governo.

(4) A proposta de lei de limitação de mandatos parece, mesmo, mais uma “lei anti-Jardim” do que uma proposta deste governo. Qualquer lei que, nessa área, não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos (aproveite-se a revisão constitucional para admitir isso!) e não só os presidentes de orgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não é credora do respeito dos portugueses (ou, pelo menos, do meu !).

(5) Considero vital que em Junho, o governo fale muito claro às pessoas! Já há quem, abusando da pouca informação, insinue que os preocupantes indicadores económicos há dias adiantados pelo FMI são consequência da acção deste governo e o seu silêncio se destina a encobrir tal facto!

(6) Gostei de ouvir a entrevista de José Sócrates. Transmitiu serenidade, evidenciou determinação e foi muito claro. Isto, partindo de quem escreveu isto ...é obra!


Adenda: Que se não interprete o ponto (4) como qualquer forma de apoio aos disparates do Alberto João!



1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo absolutamente com a sua visão. É certo que alguma (a maioria?) da Comunicação Social parece meio irritada com a contenção verbal deste governo, e está-o tanto mais quanto mais foi habituada aos frequentes, divertidos e "audiênticos" deslizes verbais do governo Santanaz. Todas as medidas deste governo PS merecem o meu apoio (mas não teve o meu voto). Preocupa-me apenas o silêncio relativo quanto ao maior problema do país: a crise económica...