quarta-feira, dezembro 28, 2005

O Plano

Há um mês que ando aqui às voltas e ainda não percebi nada disto!
Quando me lembro que andei 19 anos a estudar...

“3. ACESSO PÚBLICO – O portal associado ao Plano Tecnológico www.planotecnologico.pt divulgará, de forma actualizada, o progresso do Plano Tecnológico, abrangendo os indicadores anteriormente referidos, servindo de canal privilegiado de informação para a opinião pública e para a comunicação social. Este acesso deve permitir um elevado grau de participação e acompanhamento das medidas adoptadas.”


in “OPlanoTecnologico.pdf“, pag 52 (que pode descarregar-se em www.planotecnologico.pt)

Ou será que o Rei deixou as ceroulas em casa?!

sábado, dezembro 24, 2005



A todos os meus amigos, destas e de outras lides, e muito especialmente àqueles que, defendendo os mesmos valores, têm opiniões diversas, quero aquí deixar um abraço de amizade e muito apreço.
Feliz Natal

quinta-feira, dezembro 01, 2005

A alguns iluminados que, em desespero de causa, se sintam tentados a recorrer a jogos de mau gosto para recuperar eleitorado, eu gostaria de lembrar que se corre o risco de se verem perdidos para a abstenção, ou mesmo para Cavaco Silva, os votos de muita gente de princípios que não se sente bem com o baixo nível de algumas jogadas.

A não ser que queiram mesmo ver as coisas resolvidas à primeira volta!!!

Desculpem lá, mas...já não há pachorra!

sábado, novembro 26, 2005

Queira Deus ...

Não é aceitável que a ostentação de símbolos religiosos, por parte de alguns, possa beliscar a liberdade religiosa de outros.
Essa é a argumentação que esteve na origem da grande polémica que perturbou a França e a Alemanha em 2003/2004 e ameaçou alastrar tomando proporções preocupantes. O “lenço islâmico” incendiou os ânimos e é bem o exemplo de uma acção mal conduzida!

Por cá tudo correu bem. É-nos reconhecido um apreciável grau de tolerância e compreensão e, pelo menos enquanto a sua dimensão não incomoda alguns radicalismos latentes, vamos respeitando, com alguma naturalidade, a liberdade religiosa de cada um.

Recentemente, na sequência de uma exposição da Associação República e Laicidade, o Ministério da Educação ter-se-á decidido pela retirada de crucifixos de todas as escolas e, não fora o facto de tal decisão quase ter caído em saco roto, tudo teria ocorrido na mais pacata das calmas. Seria uma consequência natural do nosso estatuto de Estado laico.

Aconteceu porém que a decisão parece ter sido ignorada por toda a gente, incluindo quem tinha por missão fazê-la executar, e só agora chega aos ouvidos do cidadão comum.
E chega-nos também a preocupação de quem deveria (ou poderia) ter sido ouvido em assuntos desta natureza.

Que se oiçam pois. Porque bom será que sejam ouvidos ... e se revelem sensatos!
Tivemos muito tempo para pensar e agir sem gerar tensões, por isso ninguém compreenderá que adiemos até que um qualquer conflito social transforme uma questão de forma, num problema de fundo!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Obviamente, não!

Não posso concordar com o aumento das taxas moderadoras!
Chega de desculpas esfarrapadas!
É tempo de pôr cobro a este tipo de medidas que acabam por penalizar os mesmos de sempre!

Será que o Governo se não apercebe de que é já suficientemente moderadora a má qualidade dos serviços prestados?!!!

quarta-feira, novembro 16, 2005

Quem é, afinal, Mário Soares?!!!

Confesso que não sei muito bem como vou acabar este desabafo que desejo breve, como convém a quem vai tendo paciência para me ler, mas não posso deixar de escrever algo que dê voz à minha indignação, ou mesmo repulsa, pela forma repugnante a que um tal Mário Soares, a quem já dei em tempos o meu voto, recorreu para atacar aquele que foi um seu companheiro de tantas lutas e de tão nobres ideais.

Mário Soares tirou definitivamente a máscara e mostrou que lhe falta tudo o que deve caracterizar o Homem que sempre simulou ser.

É mentira que Mário Soares lute por ideais, porque se percebe bem que Soares luta pelo seu umbigo, pelo seu “clã”, pelos seus compadres!

É mentira que Mário Soares seja capaz de unir os Portugueses, porque os Portugueses são um povo nobre e em nenhuma circunstância aceitam a canalhice como arma!

É mentira que Soares represente a esquerda seja ela o que lhe quiserem chamar porque a esquerda tem princípios, tem valores, tem ética!

Verdadeiramente para Mário Soares não há esquerda nem direita, nem companheiros, nem camaradas, nem Salgado Zenha, nem Manuel Alegre.
Para Mário Soares há apenas os que o servem e os outros.
Todos os outros!

E por aqui me fico, antes que, também eu, tenha um enfarte!

segunda-feira, novembro 14, 2005

A Entrevista

... ... ...
... ... ...
CCS: ....” e daí não vai sair”...
CS: “E daqui não vou sair.”


sexta-feira, novembro 11, 2005

Oposição, precisa-se.

Solidariedade, deve-se.



O debate da proposta de orçamento para 2006 não correu lá muito bem ao PSD.
Revelando claramente não ter feito o “trabalho de casa” que estas coisas devem impor, Marques Mendes foi banal na justificação apresentada para o pré-anunciado voto contra da sua bancada e, convenhamos, não era a melhor altura para revelar tão pouco empenho.
Depois de ter elogiado o orçamento era preciso muito mais para explicar esta reviravolta!


Não pontuou quando falou da Ota e esqueceu o TGV; Sócrates não perdoou!
Não foi capaz de ser consistente na proposta de que as portagens nas SCUT pudessem substituir medidas de aumento de impostos que explicou mal.
Ficou-lhe bem a preocupação com a alteração introduzida nos montantes das deduções específicas no IRS dos reformados com pensões acima dos 535 €, mas deveria ter-se preparado melhor porque afinal se tratava de uma medida já prevista no programa de estabilidade e crescimento.
Marques Mendes gastou as munições de que dispunha escolhendo um falso alvo e o governo acabou por poder mostrar que com tal medida só seriam afectados no rendimento disponível os reformados com pensões superiores a “658 contos”. (Confesso que ainda não entendi muito bem como, mas lá voltaremos!)

Importa porém que esta ausência de oposição não iluda a análise de Sócrates porque convirá que tenha presente que vai aumentando todos os dias o número dos que já não entendem porque é que as tais (tantas!) justíssimas medidas nunca servem para outra coisa que não o aumento da receita do Estado.

Ao fim e ao cabo a despesa desceu, mas apenas em percentagem do PIB e são muitas as notícias que revelam continuar a estragar-se muito milhão que muito jeito faria aos tais 20% que auferem rendimentos de miséria!


quarta-feira, novembro 09, 2005

Rescaldo de uma entrevista ou “Não há festa nem festança...”

Eu sei que aquela senhora consegue mesmo irritar, mas Manuel Alegre não pode ir “de peito feito e coração ao alto” quando tiver que ser confrontado com as matreirices de terceiros.

Manuel Alegre já não tem apenas o seu quadrado para defender. Agora é este “nosso rectângulo” que está em causa!

terça-feira, novembro 08, 2005

Quem nos governa? Quem nos governou?


Em meados de Setembro foi notícia uma redução de 6% no preço de venda dos medicamentos, e – não fora a redução da comparticipação decidida na mesma altura e que em alguns casos acabou por agravar os preços em vez de os reduzir – teria sido motivo para grandes títulos e objecto de amplo debate nacional.

Hoje pode ler-se no DN :

“Dados do Ministério da Saúde português revelam que os genéricos mais vendidos em Portugal e em Espanha são, em média, mais caros 101,6% no mercado português. Em alguns casos são mais caros 389%.”

E aí eu afino!

É que se a minha matemática ainda me merece crédito isto quer dizer que, em média, pagamos pelos medicamentos genéricos mais do dobro do que pagam os espanhóis, e, em alguns casos, quase o quíntuplo!!! E, ainda por cima, os mais afectados dos nossos ganham metade dos seus iguais de Espanha!
Quer dizer : chegamos a ter genéricos 10 vezes mais caros que "nuestros hermanos"!!!

Andamos nós, há tanto ano, a pagar a quem nos governe...

quinta-feira, novembro 03, 2005

No "Ideias em desalinho" fui encontrar este soneto que é mais uma das "delícias" com que a autora gosta de apaparicar os seus leitores.
Saboreiem, então:

Se desejo que a vida seja amena,
não é por fuga à pena ou medo à dor.
Sinto medo maior de um “salvador”
podre de brio, que ache a dor pequena.

E que, após decidir subir à cena
para lá alcançar todo o esplendor,
se comporte como um falso laçador
e aperte o nó, p’ra dar brilho à cadena.

Se “de tanga” fiquei e ainda me tapo
do “monstro” que me espreita a cada esquina...
Se voltar o “criador” não sei se escapo.

É que esta inquietação que me amofina,
por mais que eu tente não lhe dar "cavaco",
leva-me o resto da “tanga” em nicotina.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Quantos são?!


Estimulado pelas declarações de um empresário de excelência que assegura que “Cavaco vai ganhar e vai ser um excelente Presidente para trabalhar com um excelente Primeiro-ministro”, ousei provocar um meu amigo, entusiasta de CS, com uma referência à excelência do nosso PM.

Não vou aqui relatar o que decerto imaginam que terei ouvido, mas confesso que tive clara consciência de que há mais do que um cavaco na candidatura de Cavaco Silva.




sexta-feira, outubro 28, 2005

Publicidade enganosa


Quem não deseja uma sociedade mais justa e solidária?
Quem não espera ver reforçada a coesão social?
Quem não reivindica mais qualidade para a nossa democracia?
Quem não ambiciona por melhor e mais pronta justiça, mais e melhor saúde, melhor educação?
Quem não sonha com a aproximação de Portugal aos níveis de desenvolvimento da União Europeia?
Quem rejeita a necessidade de maior qualificação dos nossos recursos humanos?
Quem não gostaria de ver o País culturalmente mais desenvolvido?
Quem não espera uma melhor organização do território e uma aposta séria na qualidade ambiental?
Quem não gostaria de ver Portugal reconhecido na cena internacional como um protagonista mais activo e credível?

Pois é!
Estas são as ambições de Cavaco Silva, como são as minhas e, desde há muito tempo, as de quase toda a gente!
Só que Cavaco Silva veio agora enumerá-las com pompa e circunstância como se tivesse finalmente descoberto princípios e valores que são, afinal, universais!

Que pretende Cavaco Silva, quando ele mesmo acrescenta que não se trata de “promessas de realização de medidas ou linhas de acção executiva, porque ao Presidente da República não cabe legislar ou governar” ?

Não estaremos perante um caso de publicidade enganosa?

quarta-feira, outubro 26, 2005

Dividir a esquerda?


“Discordo da candidatura que vai ser apoiada pelo PS. Pelo processo e pela solução. O processo não foi transparente. A solução, em meu entender, não está conforme aos critérios republicanos de renovação política. Travei ao lado de Mário Soares batalhas que fazem parte da história da minha vida e da história da democracia portuguesa. Não o esqueço. Mas entendo que uma sua terceira candidatura não é saudável para a República. É essa a minha opinião política.”

... ...

“Não sou responsável pela decisão da direcção do PS. Não serei responsável pelas suas consequências. Mas também não quero ser responsável pela divisão da esquerda.”


Manuel Alegre em Viseu
30.08.05

Parece agora claro que a candidatura de Manuel Alegre está a recuperar, para a esquerda, muitos votos que, por exclusão de partes, iriam engrossar as fileiras da candidatura de Cavaco Silva ou, pela abstenção, facilitar a sua vitória na 1.ª volta.
Manuel Alegre ao “dividir a esquerda”, como acusam alguns, veio fortalecê-la neste combate que, à partida, muitos davam por perdido!


terça-feira, outubro 25, 2005

A minha opção


Como decerto resta claro para todos os que me honram com a leitura dos "palpites" que, de quando em vez, aqui vou deixando, não tenho, nunca tive e provavelmente já não terei tempo para vir a ter, qualquer vínculo partidário que condicione as minha maneira de ver o que se passa à minha volta.
Sou aquilo a que alguns amigos chamam um navegador solitário!

E, se é verdade que isso é particularmente cómodo já que não força à tomada de posições que se não tenham por acertadas, não é menos verdade que falta, a quem assim “navega”, o conforto de uma opinião partilhada e o gozo de, num qualquer fim-de-noite eleitoral, sair à rua a festejar uma vitória que pareça ter algo de pessoal.

Eu sei que não vai ser fácil, mas desta vez eu quero mesmo festejar. Desta vez quero a vitória de alguém de quem se apregoem as virtudes, mas se não omitam os defeitos.

Porquê?!
Simplesmente porque a tecnocracia não tem alma... e convenhamos, para quem ainda não desistiu da democracia, a oligarquia é aterradora!

quinta-feira, outubro 20, 2005

Que privacidade?!


Muito provavelmente a sua impressora laser a cores está a imprimir, em cada página sua, um código de dimensões minúsculas que permite a sua identificação a partir do número de série.

Informe-se mais detalhadamente no site da “Electronic Frontier Foundation“ ou no Público de hoje.



quinta-feira, outubro 13, 2005

Rescaldo?

Na AR parece haver consenso quanto à necessidade de serem adoptadas medidas que impeçam a repetição de situações como as que ocorreram nestas Autárquicas.
Mais uma vez a eterna “necessidade de legislar”!

Eu, que cada vez me sinto menos representado por esses senhores, arrisco sugerir simplesmente,
aos Partidos, que se lavem ...
...e aos Tribunais que trabalhem !!!

E, por favor, não usem este pretexto para acabar com as candidaturas independentes!
É que, pelo andar da carruagem, essa poderá ser a única arma a que vamos poder recorrer...

... quando acordarmos!

segunda-feira, outubro 10, 2005

Pronto!!! Podemos descansar!

Mas que se não afrontem os Morais e se deixe que trabalhem os Loureiros!
Que se não persiga quem entenda fazer férias, seja no Brasil ou noutra qualquer incerta parte!
E que o Pinto da Costa sobreviva à angústia de se saber só na nobre luta, que agora enceta, pela requalificação dos bairros sociais do Porto!
E que não mais a Comunicação Social se empenhe no assassinato político de homens de carácter como o Torres!
De resto, nesta feira de favores e de vaidades, já se esgotaram os princípios e a honra.

Ah!
Que fique finalmente assente que Portugal já não é mais Lisboa e Porto.
Agora é Sintra, é Oeiras, é Felgueiras, depois de Gondomar e Amarante!!!

Durmam bem.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Um certo cheiro... no ar...


Com franqueza!!!
Fátima Felgueiras estava assim tão necessitada de apoios?!
Que diabo foi lá fazer Almeida Santos?!!!
Agora entendo as razões de Marques Mendes quando desafiava José Sócrates a visitar Felgueiras!!!

Senhor Presidente da República,
Do que este País já não precisa mais, é de legislação nova!
Podemos bem mandar os nossos ilustres legisladores de férias, para uma qualquer ilha do Pacífico!!!
Aquilo de que estamos mesmo carentes, nem sequer afecta o nosso défice orçamental!
Do que isto precisa mesmo, Senhor Presidente... é de HOMENS!

E, já agora, Viva a República!

E Viva o major Valentim, que tanto evoluiu desde as batatas da tropa!
E Viva o Ferreira Torres que parece que ainda vai ser condecorado pela merda que fez!
E Viva o Isaltino! E o sobrinho!
E por que não o Tino? E a Damasceno!

E um viva também, muito grande, para todos nós que vamos deixando apodrecer o pouco que nos resta de são!

E Viva a Fátima, é claro!


segunda-feira, setembro 26, 2005

Um voto de indignação


Repetir até à exaustão as virtudes que se deveriam reunir, para validar soluções que nada têm de virtuosas, se não é cansativo para o orador é, no mínimo, revoltante para o ouvinte que insista no seu direito a usar a massa cinzenta.

José Sócrates não tem o direito de continuar a “vender” as qualidades de Vara e ardilosamente usar a referência às suas funções de coordenador sabendo que deveria acrescentar “de segurança” – sim, coordenador de segurança! – para dizer a verdade.
José Sócrates não pode continuar a apregoar as virtudes de uma candidatura presidencial que as não tem, nem deveria esquecer que os partidos não “têm candidatos” à presidência da Republica.

José Sócrates estará no seu direito de apoiar quem muito bem entender, mas não é “bonito” ignorar que um respeitável Fundador do Partido Socialista optou por apresentar a sua candidatura!

Agora, porque a arrogância parece ser contagiosa, aparece um tal José Lello que, investido nas funções de guardião do templo, se acha no direito de excluir do debate político do partido, mesmo na sua terra natal, um dos seus mais respeitados membros!

Vinte anos depois de Salgado Zenha é Manuel Alegre que tem que afrontar uma estrutura em defesa de valores que se subvertem em prol de um caciquismo com novas roupagens!
Quem se chocou com a “expulsão” da fotografia de Freitas do Amaral da sede do seu partido não pode calar a indignação por esta nova canalhice.

Isto não tem elevação!

Isto é uma indignidade!


sexta-feira, setembro 23, 2005

Valha-nos Nª Srª de Fátima


Finalmente ficou claro que a Fátima Felgueiras não fugiu.

A Juiza Ana Gabriela Freitas decidiu que a candidata só esteve numa situação de "aparente fuga à Justiça"
Com efeito, para a magistrada que ontem decidiu libertar a candidata, o mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães não foi executado porque a ex-autarca "encontrava-se ausente, alegadamente, para o Brasil".



sexta-feira, setembro 16, 2005

A ver vamos!


O Conselho de Ministros de 8 de Setembro aprovou uma Resolução que prevê um conjunto de orientações no sentido de tornar mais justos e equilibrados os sistemas de remunerações e pensões nas empresas públicas (sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos e entidades públicas empresariais) e nos institutos públicos e aplica-se também aos cargos designados ou propostos pelo Estado com estatuto remuneratório equiparado a gestor público.

“As medidas agora adoptadas pelo Governo obedecem a quatro princípios essenciais.

  • Em primeiro lugar, o princípio da harmonização público-privado: só serão admitidos regimes especiais de reforma quando isso corresponder a práticas e usos no sector e quando tiverem carácter predominantemente contributivo.
  • Em segundo lugar, o princípio da equidade: os benefícios previstos para os órgãos de direcção ou administração devem inserir-se no quadro das regalias aplicáveis aos demais colaboradores.
  • Em terceiro lugar, o princípio da moralização: os benefícios dos planos complementares de reforma só podem utilizar-se após a cessação de funções e cumpridos que sejam os requisitos gerais de aposentação (idade e tempo de serviço); o regime de previdência aplicável aos membros dos órgãos directivos é o que tiverem à data da nomeação e os prémios de gestão vão depender da prévia contratação por objectivos quantificados.
  • Em quarto lugar, o princípio da transparência: consagra-se a regra da divulgação obrigatória dos estatutos remuneratórios, regimes de previdência, planos complementares de reforma e respectivos encargos anuais.

Resta-nos esperar para ajuizar da sua correcta aplicação prática, e, já agora, fazer por esquecer a dor que faz viver num País onde a enumeração destes princípios ainda é notícia!


terça-feira, setembro 13, 2005

Inquietação

Quando recordo o espírito dos militares que em 1974 saíram dos quartéis e sou confrontado com as actuais movimentações “em defesa do estatuto da condição militar” não posso calar a minha inquietação perante a possibilidade de se estar a retirar todo o sentido àquilo que então entendi ser a Condição Militar.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Desabafo

Primeiro foi Soares a "aceitar" fazer de parvo, perante gente a fazer de conta.
Agora foi Sócrates a fazer de conta perante muitos a fazer de parvos !
Que mais vamos ter que suportar?

Entretanto, os nossos 10% mais ricos comem um bolo 15 vezes maior que o dos 10% mais pobres, uma relação que nos coloca no 1º lugar europeu da iniquidade social.

segunda-feira, setembro 05, 2005


A quantos tiveram a desdita de assistir, há pouco, às palhaçadas de um tal major Valentim, que as câmaras das televisões cá da terra continuam a focar com a mais despudorada atenção, aquí deixo a minha solidariedade.



domingo, setembro 04, 2005



Porque será que sempre que penso em reatar a actividade deste blogue apenas me ocorre um longo texto cheio de palavrões ?



segunda-feira, agosto 08, 2005

Insultos

Acabo de ser insultado por um sujeito que é tido por muito inteligente e que é ouvido todas as segundas-feiras à noite num canal de televisão que ajudo a manter.

Então é assim (como agora se diz):

(1) O Sr Armando Vara é agora administrador da CGD porque se calhar foi bom director de não-sei-o-quê e porque o tal senhor muito inteligente não alinha nessa de excluir alguém só por ser PS.
Entenderam?

(2) O Dr. Vitor Martins foi bem substituído porque o mesmo senhor muito inteligente acha muito mal que o desempenho de funções na CGD tenha alguma relação com a cor política do governo. Por isso rejeita em absoluto o acordo de cavalheiros, que vinha sendo seguido até ao consulado de Pedro Santana Lopes, por força do qual o presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos era sempre de cor diferente da do governo.

Quer dizer : a coisa estava mal porque não fazia qualquer sentido que um acordo não escrito privasse o governo, da liberdade de nomear para aquele cargo alguém da sua área política.
Ou melhor: Bagão Félix teve a coragem de acabar com isso e agora foi só dar continuidade!

Ficou claro?

(por favor digam-me que não foi nada disto que o Vitorino disse!)


quinta-feira, julho 28, 2005

Euro-English!


Enjoy your English while you can....

The European Commission has just announced an agreement whereby English will be the official language of the European Union rather than German, which was the other possibility.

As part of the negotiations, Her Majesty's Government conceded that English spelling had some room for improvement and has accepted a 5-year phase-in plan that would become known as "Euro-English".

In the first year, "s" will replace the soft "c". Sertainly, this will make the sivil servants jump with joy. The hard "c" will be dropped in favour of "k". This should klear up konfusion, and keyboards kan have one less letter. There will be growing publik enthusiasm in the sekond year when the troublesome "ph" will be replaced with "f".

This will make words like fotograf 20% shorter.

In the 3rd year, publik akseptanse of the new spelling kan be expekted to reach the stage where more komplikated changes are possible.

Governments will enkourage the removal of double letters which have always ben a deterent to akurate speling.

Also, al wil agre that the horibl mes of the silent "e" in the languag is disgrasful and it should go away.

By the 4th yer peopl wil be reseptiv to steps such as replasing ”th" with "z" and "w" with "v".

During ze fifz yer, ze unesesary "o" kan be dropd from vords kontaining "ou" and after ziz fifz yer, ve vil hav a reil sensibl riten styl.

Zer vil be no mor trubl or difikultis and evrivun vil find it ezi tu understand ech oza. Ze drem of a united urop vil finali kum tru.

If zis mad you smil, pleas pas on to oza pepl.


quarta-feira, julho 20, 2005

O princípio do fim

É certo que não é fácil sobreviver em ambiente de intensa guerra psicológica, mas o Sr Professor Luís Campos e Cunha já o deveria saber.

Assim, deixa fragilizado o governo e seriamente comprometida a esperança numa saída digna para o drama social que irresponsavelmente vamos arquitectando.

Vêm aí tempos muito difíceis!

segunda-feira, julho 04, 2005

O gajo que traduz, para a vossa complicadíssima linguagem, aquilo que eu penso, diz que está a precisar de férias.
Eu não sei bem o que isso é, mas, pela maneira como ele o disse, não deve ser nada de bom!


Pindérico

sexta-feira, julho 01, 2005

À nossa maneira


Foi o fim do mundo quando se soube! Mira Amaral ... a Caixa Geral de Depósitos ... Muito surpreendido, o Dr. Bagão Félix veio assegurar às gentes, indignadas, que ia pôr cobro a esse tipo de situações. Depois, bem à nossa maneira, a onda passou. Tudo ficou na mesma, mas ninguém reparou!

Aqui d’El-Rei que está o mundo às avessas! Então como é que pode ser?! Campos e Cunha com uma pensão milionária e a acumular com o ordenado de ministro...Cai o Carmo e ameaça ruir a Trindade com tamanha pouca-vergonha!!!
(E já agora, que a coisa está de maré, vem à baila o Mário Lino que até parece igualzinho e faz um certo jeito para lançar à fogueira!)
O governo balança. (Não sei se os ministros agredidos não terão pensado muito a sério em mandar isto tudo às urtigas; eu teria!) Alguém mais brilhante tira da cartola a inqualificável solução 1+1/3 e com a mesma naturalidade de sempre a onda vai-se esbatendo. Depois... bem à nossa maneira, a calma regressa ao areal.

Só que desta vez há mais gente ferida na asa e as águas vão, por isso, sendo agitadas com protestos – não muito acalorados não vá a coisa chegar-lhes à porta – que prometem durar enquanto for preciso! E o governo lá vai dizendo que lá chegará, “é só mais um bocadinho”.

Mas vai ter mesmo que chegar, que a imoralidade é imensa! E vai ter que ser que a transparência o vai impor... e não vai ser só à Caixa, nem apenas ao Banco, mas a todas as coutadas onde se abrigam padrinhos e afilhados que gostam deste “habitat” e dele já não abdicam.

Só resta esperar que, desta vez, um qualquer incidente no elenco governativo nos não mate a sede de justiça e, com toda a naturalidade, bem à nossa maneira, deixemos cair esta nova bandeira.


quinta-feira, junho 30, 2005

EMÍDIO GUERREIRO

Morreu com a dignidade com que sempre perseguiu a Liberdade.

Dizia : «A liberdade nasce com a aurora da Humanidade, é uma necessidade intrínseca do progresso e caminha a par da dignidade humana. Sem dignidade não há liberdade e por isso as ditaduras não se sustentam a não ser pela força».


quarta-feira, junho 29, 2005

Um bom sinal ?


Com a naturalidade com que tudo deveria acontecer, iniciam-se hoje testes de co-incineração na Secil do Outão.

Segundo o JN, a análise de dioxinas e furanos será efectuada em laboratórios estrangeiros e a comissão de acompanhamento, que tem autonomia para entrar na fábrica a qualquer momento e verificar todas as operações,integra representantes da Camara Municipal e Juntas de freguesia, Quercus, Parque Natural da Arrábida, Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, delegado de saúde local, Hospital do Outão e muitos outros organismos.

Durante os testes, será efectuada a medição em contínuo das emissões atmosféricas no âmbito de um processo que será observado pela SGS, a empresa de consultadoria e auditoria internacional escolhida pela Comissão de Acompanhamento da Secil.

Sendo claro que ainda ninguém tem certezas absolutas, julgo ser esta a opção mais sensata já que é a única que pode ser interrompida a qualquer momento, sem quaisquer custos.

Um voto apenas. Que a comissão use sempre do maior rigor e nunca, nem a demagogia nem a ânsia de protagonismo fácil, voltem a ocupar espaço neste processo.


terça-feira, junho 28, 2005

Antecipando...


Nas autárquicas que aí vêm Rui Rio já ganhou no Porto e eu, ao que vejo, concordo. Penso mesmo que não precisava da ajuda da srª ministra da Cultura.

Noutra vertente Carrilho já perdeu Lisboa, mas fez bastante por isso. Afinal a “cultura” é uma excelente arma no confronto político responsável, mas é conveniente que se lhe associe uma dose apreciável de sensatez e um qb de humildade.

domingo, junho 26, 2005

sexta-feira, junho 24, 2005

A Grande Lata


E, para quem aprecia, aqui está, recém-chegada do mundo do faz-de-conta, “A grande Lata” em versão despudorada. A falta de respeito pela inteligência dos destinatários, justifica-se pela nobreza dos propósitos!

“E esse balanço vai-se fazendo com o tempo, com a tempestade pública, com a agitação no país, em função daquilo que parece ser um percurso que não poupa nem ajuda ninguém, em nome de um moralismo que nada tem a ver com política.

Os portugueses querem soluções à medida, melhorar as suas vidas, ver o país crescer e andar para a frente, e ninguém, em boa verdade, pode garantir que isso vai acontecer, e que daqui a uns anos está tudo melhor.

Não tem sido assim, e porque razão será agora? O Governo tem de perceber que está em funções em nome de uma maioria que o sustenta, e não contra tudo e contra todos.”

(Luis Delgado em “ Cem dias depois”)


Ou melhor ainda

“Neste contexto, existe, a meu ver, uma outra coisa que tem de ser repetida à exaustão o PS herdou um défice de menos de 3% do exercício orçamental de 2004 e quer deixar o País com um défice orçamental de 6,2% no final de 2005. Isto é, de um ano para o outro, o buraco nas contas públicas mais do que duplica. À boa maneira da irresponsabilidade socialista, estraga-se com um golpe o caminho prosseguido nos últimos três anos e transmite-se a ideia de que os sacrifícios pedidos aos portugueses de nada serviram. E tudo isto para servir propósitos essencialmente políticos.”

(José de Matos Correia em Para compreender o essencial)

Para não falar nesta notícia ...

“Em comunicado hoje divulgado, Santana Lopes afirma que escreveu ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, ao presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker, e ao comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, «para que considerem vários factores relevantes que enquadram a avaliação do défice [português] nos últimos três anos». ...”

...que se pode ler aqui.



quinta-feira, junho 23, 2005

Desabafos


Andam por aí alguns políticos muito preocupados com a possibilidade de a Assembleia poder vir a perder qualidade com a adopção destas medidas de eliminação dos privilégios das subvenções vitalícias e subsídios de reintegração.

Mas ainda não repararam, Vossas Excelências, que é exactamente pelo desprestígio que tais imoralidades trouxeram à vida política que os melhores de vós se têm vindo a afastar?

Têm, Vossas Excelências, dúvidas de que foi o conhecimento público da vossa aprovação dessas vossas benesses, a primeira grande acha na fogueira da vossa descridibilização junto do povo que precisa de trabalhar 40 anos para receber uma pensão de côdea ?

Pois é. Há atributos que se não podem alienar!


terça-feira, junho 21, 2005

Coisas minhas

Há dias, não sei a que propósito, recordei aquele velho ricaço, quase eremita, da minha terra, que sempre se disponibilizava para apoiar, com as suas dádivas mais ou menos generosas, tudo quanto fosse iniciativa de destaque.
Só fazia questão numa coisa: Saber como iria ser referido o facto, na comunicação social!

segunda-feira, junho 20, 2005

Mas, meus amigos...

Greve ? Vamos a isso!
Manifestação ? É para já !
Este não é o caminho certo? Óptimo; também prefiro que me não exijam sacrifícios!
Mas, meus amigos, qual é a alternativa? Ou, mais precisamente, qual é o outro pacote de medidas?

Depois se verá ? É ?!
É só para adiar?
Não, obrigado. Para esse peditório, já dei... e fiquei pior, não o esqueci !

sábado, junho 18, 2005

Europa

Na Mesa do Costume começou a debater-se o Tratado para a Constituição Europeia (TCE), ou, se calhar, as razões do(s) não(s). Lá deixei um Palpite e "uma rodada paga"!

Sinais


Eu não prevejo nada de muito preocupante para logo mais, no Martim Moniz.
Nós somos um povo efectivamente de “brandos costumes” e “já vamos tendo idade” para não nos deixarmos enredar por manipuladores de baixo nível.

Mas é bom que esses iluminados que teimam em nada mais fazer do que chamar populista, xenófobo, racista e outras coisas mais, a quem entende que é urgente prevenir, corrigindo o que está errado, se consciencializem de que, por este caminho, vamos ter, mais cedo ou mais tarde, um qualquer incidente de gravidade susceptível de degenerar naquilo que só esses mesmos provocadores desejam.


sexta-feira, junho 17, 2005

As luvas


Há duas ou três semanas, foi notícia um certo mal-estar em alguns meios no interior do PS. Era a primeira manifestação dos “boys”, na circunstância uma “girl”, e prendia-se com a intenção, de Sócrates, de manter Maria José Nogueira Pinto na Santa Casa.

Agora vem a visada anunciar que abandona o lugar, para se candidatar, pelo seu partido, à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.

Uma excelente funcionalidade das luvas de pelica que se vão usando cada vez menos, e é pena.



quinta-feira, junho 16, 2005

O que não escrevi...e tenho pena!

Não,não se importe, Mendes Ferreira!
Sim, "Uivomania", também a clareza faz a diferença.
A verdade mesmo, é que a Verdade dos Homens também se escreve com letras.

quarta-feira, junho 15, 2005

Até amanhã, camaradas

e eram imensos ...
e ali expunham a alma, com a força das lutas por travar.
era um oceano de gente,
um hino vermelho à vida ... após a morte,
e entoavam os canticos de velhas glórias por cumprir...
"eu sou comunista", diziam; como se as suas certezas merecessem dúvidas.
Ele ... teria gostado de ouvi-los. Falavam de coerência e amizade, de honestidade, de dádiva total, de sacrifício e rigor ...


Eu, não sou comunista.
Foi bom conhecer-te, camarada.

quinta-feira, junho 09, 2005

Personalidade e Personalidades


Eu não tenho opinião formada sobre o projecto para a Avenida dos Aliados.
Aliás, nunca entendi muito bem como é que certas “aves” são capazes de emitir opinião sobre “tudo o que vem à baila”, como se diz na minha terra!

Mas sobre este tipo de gente que vai singrando neste País, tenho! Só que não esperem que a escreva, porque há sentimentos que eu não consigo transmitir com palavras “audíveis”.




quarta-feira, junho 08, 2005

The american way

Manuel Maria Carrilho apresentou ontem a sua candidatura.
Confesso que não percebi se quis ou não adiantar as ideias que tem, para Lisboa!

Tem uma bela mulher...tem um lindo filho...
Bom. Não se pode ter tudo na vida.

segunda-feira, junho 06, 2005

Desconforto


Eu ouvi as declarações de António Costa sobre as freguesias que se deveriam extinguir, e li o que Vital Moreira escreveu no “Causa Nossa”

“No onda da determinação reformista, o ministro António Costa anunciou o propósito de fusão de freguesias e de municípios que tenham população diminuta, que são muitos, sobretudo no caso das freguesias. É uma boa notícia. Poupa recursos, simplifica a organização territorial e sobretudo reforça as estruturas do poder local.
Igual determinação deveria ser adoptada no caso dos tribunais, dos serviços de saúde, das escolas, etc., ou seja, em todos os casos em que existe excessiva dispersão de serviços e estabelecimentos públicos, que não permite um aproveitamento minimamente racional dos recursos humanos e financeiros existentes.”

Depois tive o azar de ser confrontado com o tom comicieiro de Jorge Coelho a falar de Bancos e Seguradoras, e li e ouvi tanta nova sugestão e tantos e tão notáveis disparates, que não consegui afastar de mim a recordação do que aprendi em 74 sobre “como destruir um projecto político sem se lhe opor”



sexta-feira, junho 03, 2005

Raivas minhas !


Eu aceito, eu quero, sacrificar um pouco mais do razoável conforto de que ainda desfruto, para que deixe de haver motivos para textos tão deliciosamente amargos como este do nosso amigo Luís Sequeira.


Mas, por isso mesmo, repugnam-me os hipócritas que ousam exigir-me tudo isso e não são capazes de abdicar de nada!
E é também por isso, que não consigo tolerar que outros, igualmente obreiros da nossa desgraça, comentem despudoradamente, quais recém-chegados não se sabe de que mundo, “nós bem avisamos!!!” e tudo vão fazendo para que a sua factura lhes não seja exibida.


terça-feira, maio 31, 2005

Mas, meu caro José...


Isso dos 21% serem para durar até 2009 não quer dizer que afinal o controle da despesa não é para levar a sério e que o Ministério da Economia não existe?

Já pensou em olhar para as questões da Defesa Nacional ? Tem alguma ideia do que aconteceria se fossemos invadidos por Marrocos ? Informe-se e surpreenda-se!

E, já agora. Será que não consegue controlar aqueles seus rapazes que só esperam “Jobs” ?


sábado, maio 28, 2005

A minha verdade


É certo que gostava de ver extintos os tais 90 Institutos que Manuela Ferreira Leite referenciou como inúteis mas não teve coragem para extinguir, e todos os outros lugares (como os dos governos civis) que afinal só servem para pagar apoios políticos.

É verdade que me incomoda não ver definitivamente reconhecido que não faz qualquer sentido um TGV que pare de 50 em 50 quilómetros e que, por isso, só se justifica o Lisboa – Madrid e o resto é birra de miúdos!

Também concordo que deveria ser definido um montante que permitisse ao reformado viver o resto dos seus dias onde lhe aprouvesse, com total conforto, segurança e dignidade, mas que em caso algum esse montante pudesse ser excedido.

E nem queiram saber quanto gostaria de ver anulado o negócio dos submarinos do senhor Paulo Portas e ver assegurado que leviandades desse tipo não seriam mais permitidas.

E como me agradaria ver reconhecido que se não justifica - por muito que seja o trabalho nas comissões! – um tão elevado número de deputados!

É certo que seria interessante um imposto sobre as grandes fortunas se isso não fizesse com que elas se instalassem noutro país.

É claro que eu gostaria que houvesse mesmo equidade fiscal e fossem imediatamente corrigidas regras como aquela (do IMI) que diz que, com duas casitas na minha aldeia, posso comprar três assoalhadas nas Amoreiras quando toda a gente sabe que só dá para a cozinha.

É verdade que faz pouco sentido que paguemos as portagens onde não passamos, mesmo sabendo que alguém terá optado por dar uma Scut a quem só queria uma boa estrada para desviar os pesados que, de noite e de dia, lhe passavam à porta, e que a reposição da portagem faz regressar o problema quase ao ponto de partida.

É obvio que preferiria que não houvesse aumento de impostos e que me irrita que se não cumpra o prometido.

Mas manda a minha verdade que diga aqui, muito claramente, que estou de acordo com as medidas adoptadas pelo Governo e que me confesso surpreendido com a coragem revelada por José Sócrates que, se resistir à onda de contestação que aí vem, poderá ficar na história por nos ter poupado à vergonha da falência.

E de nada adianta entretermo-nos a responsabilizar este governo ou o de Santana Lopes ou os “3 anos de governação PSD” ou os 6 anos de “desgoverno guterrista”, porque a verdade é que se empreendeu há muito um percurso de crescimento da despesa sem proporcional melhoria dos serviços que nos são devidos e sem se acautelar a nossa condição de devedores honrados.


quinta-feira, maio 19, 2005

Os títulos e as práticas


Sob o título “Pobres e mal agradecidos” o Jumento revela, citando o “Público”

«Os dirigentes da Associação Sindical Independente de Agentes da Polícia de Segurança Pública mostraram-se ontem indignados com a recusa da direcção nacional da PSP em aceitar uma oferta de dez coletes à prova de bala, feita por aquela estrutura em parceria com uma companhia de seguros.»

Para melhor esclarecer as coisas, a dita associação, pela voz de um tal Ernesto Rodrigues, explicou então

«Não era a companhia de seguros que ia dar os coletes à direcção nacional. Eles iam dar-nos a nós e nós queríamos entrega-los à Esquadra da Mina, na Amadora, onde foram recentemente abatidos dois colegas [em finais de Março]» .

E adiantou ainda

«Essa mesma empresa deu-nos um cheque de cinco mil euros para entregarmos à mãe do agente Irineu [alvejado em Fevereiro na Cova da Moura]».

Agora, pergunto eu:
Essa Associação Sindical pretende-se Independente?
E de quê? Pode saber-se?
Ou é tudo ingenuidade?!



quarta-feira, maio 18, 2005

Bocas da reacção #4

(1) O tom doutoral com que Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se ao défice, adiantou que “um valor entre os 7 e os 7.5%” não o espantaria, foi um excepcional momento de televisão.

(2) Dando ares de quem estava a acabar de chegar, Marques Mendes exigiu medidas ao governo de José Sócrates. Foi brilhante. Estragou, num ápice, a imagem que construira com os seus "valentins"!

(3) Com notável isenção Miguel Beleza foi buscar a Guterres a origem das nossas dores de barriga e esqueceu-se de todo o “forró” dos fundos comunitários esbanjados “a custo zero”

(4) José Sócrates já só tem o tempo que Constâncio quiser demorar a redigir o documento; depois, vai ser uma maçada!

(5) Estou com a estranha sensação de que a factura vai ser apresentada aos mesmos.

terça-feira, maio 17, 2005

Depois admirem-se!


Duas senhoras fizeram uma análise astral dos presentes e chegaram à conclusão que havia uma falta de «elementos terrenos». Então, para compensar essa evidente deficiência e criar «energias positivas» na sala, pediram aos professores que se descalçassem, de forma a ficarem em contacto mais directo com o solo. No escuro, aumentando o efeito de comunhão com «a Terra», os formandos, de olhos fechados, foram incitados a gritar, com os braços erguidos, para criar energias positivas que se propagassem pelo grupo."

O que é isto?!
Apenas um pouco do relato do ocorrido num seminário designado por "Dicas para ser melhor professor(a)", promovido por uma tal “ Pró-Ordem dos Professores” num estabelecimento de ensino deste nosso País.

Ai Portugal, Portugal...

domingo, maio 15, 2005

E viva o DLI !!!


Para os mais distraídos, aqui venho lembrar que hoje é, para Portugal, o Dia da Libertação dos Impostos, uma invenção recente de quem vai trabalhando com estatísticas mas parece não entender que deveria ficar-se por aí.
Estatisticamente poderíamos estar bem piores, mas se tivermos em conta os serviços com que o Estado nos retribui o esforço de 135 dias sem comer, nem beber, nem coisíssima nenhuma, temos que dizer muito mal da nossa sorte!
E se juntarmos a isso, o facto de haver por aí muita gente que celebra esse DLI a 2 de Janeiro... é melhor mudar de assunto, porque hoje estou muito feliz com a vitória do meu Benfica e não quero estragar o dia.


sexta-feira, maio 13, 2005

Uma questão de trocos


A notícia de que Paulo Portas iria ser condecorado pelo seu amigo Donald Rumsfeld não me surpreendeu minimamente. Aliás, esperava-a! Diria mesmo que foi um bom motivo para repor os meus "stocks" de orgulho nacional!
Convenhamos que não foi bem como se o senhor José Mourinho tivesse ganho aquele importantíssimo trofeu do futebol europeu, mas não se pode ter tudo... não é?

O diabo é que, não sei se a propósito, veio-me à memória aquela triste estória do “leasing” dos submarinos que até os nossos “aliados” dispensam, mas que aquele mesmo senhor entendeu como essenciais para qualquer coisa que ainda não entendi bem. E ocorreu-me perguntar:

Será que ainda ninguém pensou em renegociar aquilo?
Não haverá para aí um novo-rico-ministro-da-defesa, de um qualquer sultanato, que esteja interessado?
É que só a sua utilização e manutenção vão ser um sorvedouro daquilo que, dentro de poucos dias ficará claramente demonstrado que não temos: “pilim”, isto é, “carcanhol”, quer dizer, dinheiro!

Ou será que, também aqui, há quem espere condecorações?

Adenda: Parece que o actual ministro já se queixou de alguma dificuldade em encontrar com que pagar os dois helicópteros com entrega prevista para Julho!


Esclarecimento

Maria Sobral Mendonça, grande senhora da arte contemporânea Portuguesa, honra-nos com a sua visita regular a este nosso espaço, e é em consequência de um comentário que aquí deixou, que o Google sugere esta fonte quando se pesquisa "Exposição Lápis Exilis". Por ele (Google) pedimos desculpa e sugerimos-lhe a consulta da agenda cultural do IPPAR

08jun2005



quarta-feira, maio 11, 2005

Sombras

Será que há futuro para este lamaçal onde todos os dias vemos atolados mais alguns dos poucos sonhos que nos restam?
Como reagir perante tudo isto?
Haverá ainda futuro para os sobreiros de Benavente?

Se tudo isto não fosse apenas o opróbrio menor de infindáveis vergonhas ...

Que caminhos trilhamos?
Que sombras são estas?

segunda-feira, maio 09, 2005

Vou mandar fazer uns estudos para apurar bem se é falta de motivação, desinteresse, falta de jeito ou de coragem, sorna, preguiça ou outro mal do género. Depois, prometo ser breve na análise e talvez nomeie uma comissão para tirar conclusões ... e elaborar um pacote de medidas de médio/longo prazo.

quinta-feira, maio 05, 2005

Bocas da reacção #3


(1) Ou é impressão minha ou esta "presidência aberta" não correu lá muito bem! Não acham?

(2) Hoje dei comigo a pensar que este governo é capaz de estar a querer adormecer o pessoal. Eu sei que há estudos em curso, e todas essas coisas, mas se na Justiça foi possível avançar com uma série de medidas não propriamente estruturantes mas com resultados esperados e devidamente quantificados, por que diabo é que não se fala de nada que faça pensar em contenção da despesa quando já ninguém tem dúvidas de que o défice vai ultrapassar os 6% ?
Eu acho que sei... e irrita-me!

(3) Isto do dr Carrilho pensar em rever o processo do túnel do Marquês e a ministra da cultura embargar o de Ceuta, já começa a dar ares de "subterrâneo"!
Eu acharia interessante que se começasse a pensar em responsabilizar tanto quem avança com obras ilegalmente como quem as faz parar levianamente.

(4) Há dias foi notícia um proprietário, de um terreno, que mandou fazer socalcos numa propriedade que tinha lá para o Douro onde, em 1959, terão sido encontrados vestígios de vitivinicultura romana. Não tivesse o sujeito ido tão longe e eu proporia que fosse condecorado, por fazer recordar o interesse arqueológico do local.
É que, também , em 45 anos nada se fez !!!



segunda-feira, maio 02, 2005

Assim não jogo!


(a) Mas que diabo de jogo é este que faz uma senhora ministra travar um processo – o da troca de livros escolares – por o anterior governo não ter deixado as coisas devidamente preparadas, e, sem o mínimo de preparação, avança com um outro- o do prolongamento da actividade escolar até às 17h 30m – reconhecendo à partida que 50% das escolas não têm qualquer hipótese de cumprir ?
Acho que a gente até não acha mal, mas dois tostões de planeamento era capaz de fazer jeito!!!


(b) Ele há gente capaz de tudo, mas não me digam que a limitação de mandatos, para evitar aquilo que a gente sabe, e autarquias unicolores, para facilitar aquilo que a gente receia, são medidas tiradas da mesma cabeça!!!
E não nos venham dizer que são as Assembleias Municipais que vão fiscalizar, que a gente já cá anda há muito tempo!


Cá por mim já vou dizendo: - Assim, não jogo!




Tubérculos

Eu não tenho nada contra a senhora, e até a acho “simpaticazita” e tudo... mas, a continuar assim, ainda fica com lugar cativo na quinta das banalidades!
Porque diabo não explicaram à senhora que um fruto parecido com uma cabaça ou uma abóbora de jardim não tem “nada a ver com a batata”?
Tubérculo, senhora Júlia ?!!!
É que parece que nem o burro aceitou!

quinta-feira, abril 28, 2005

... outras na ferradura


(1) Já disse, e estou profundamente convencido de que, qualquer lei que não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos e não apenas os dos presidentes de órgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não resolve nada do que entendo fundamental nesta área: - renovação e recuperação de credibilidade.

Penso mesmo que, com a aprovação desta proposta do governo, se abre o caminho a habilidades locais que não é difícil imaginar, e que irão possibilitar a eternização de mandatos dos mesmos caciques que esta proposta pretende combater. E, o que é grave, tais habilidades colherão facilmente o apoio das populações.

(2) O que transcrevi no “post” anterior é do PSD, então PPD, mas poderia ser de qualquer um dos partidos políticos de então. Com aquele “inocente” jogo pretendi demonstrar

(a) Que o discurso político de então nada tem a ver com a de hoje, e daí um imenso rol de ilações que não cabem aqui.

(b) Que há coisas que, por mais que nos esforcemos, não conseguimos alterar.

(c) Que éramos, então, muito mais honestos do que hoje.



terça-feira, abril 26, 2005

Para meditar

O texto que se segue foi retirado do programa de um partido político português e data de Novembro de 1974

"Mas a detenção do poder económico dá ainda uma enorme van­tagem política. Os grandes grupos, através da publicidade e da tomada de posições-chave nos órgãos de comunicação de massas, podem influenciar a formação da opinião pública e portanto, indirectamente, da própria vontade colectiva. Podem ainda, das mais subtis formas, tentar corromper os governantes. Tal corrupção atingiu proporções escandalosas no anterior regime, através da circulação das perso­nalidades políticas entre o sector público e o privado e da simbiose pessoal de lugares num e noutro."

"A liberdade não é apenas privada de conteúdo pela multiplica­ção das dependências pessoais. É-o também através da alienação objectiva resultante da orientação para fins que prejudicam o desen­volvimento da personalidade".



Dá para adivinhar?

domingo, abril 24, 2005

De Abril


Do 24

Em África, todos os dias morriamos, em defesa daquilo a que o Estado Novo decidira chamar “Províncias Ultramarinas”.Com esta habilidade Portugal não se opunha ao fim do colonialismo; limitava-se a defender a integridade do seu território.
Gastava-se, com o esforço de guerra, uma percentagem não inferior a 45% do orçamento de estado.
Ainda havia quem só usasse sapatos para não ser incomodado pela Polícia quando ia à vila!
Nas famílias menos carenciadas equacionavam-se as várias hipóteses de conseguir que os filhos fugissem à tropa,
Nas nossas aldeias, inúmeros casamentos eram antecipados e as noivas guardavam no ventre um filho que o pai , apressadamente "deixava" antes de partir, para aprender, no medo da morte, a arte de matar.
Nas eleições, mais uma vez, a mulher nada tinha a dizer, e dos resultados, os habilidosos do costume se encarregavam .
De partidos políticos havia a ANP , nova designação da velha União Nacional. Outros não eram necessários; afinal só tínhamos que agradecer a Deus sermos tão bem governados!
Quase todas as deslocações de governantes portugueses eram assinaladas por essa Europa fora, com ruidosas manifestações de repulsa.
Conversas sobre as dificuldades do dia a dia, eram subversivas! Falar do governo, era recomendável que fosse claramente bem.
Jornais, espectáculos, o que quer que fosse, só depois da censura ou, mais recentemente, exame prévio!
Pouco cuidado à mesa do café e talvez no dia seguinte : “Oh António; estão aqui uns senhores à tua procura. Parece que querem falar contigo”.

Do 25

Para uns, o fim dessas e de tantas outras coisas.

Para outros, uns quantos irresponsáveis militares, manipulados pelo partido comunista, tentaram instaurar no País um regime ditatorial pró-soviético de que só fomos salvos graças à acção de uns quantos patriotas que contaram com o apoio de sectores mais moderados das forças armadas.

Para uns e para outros, fiquem sabendo, ainda recordo com saudade o calor de Abril !

E...”Maria, diz a esses senhores que já lá vou”
... ... ...
(Eram da comissão de festas! Estamos em 2005...)




sábado, abril 23, 2005

Em abono da verdade


José Ribeiro e Castro apresentou a sua moção ao Congresso do CDS e assumiu a sua disponibilidade para se candidatar à liderança.
Depois de, já a contragosto, ter acompanhado a intervenção de um Paulo Portas banal e quezilento ( ao seu “melhor” nível!), ouvi com muito interesse a excelente intervenção que proferiu, e manda a honestidade que, pese embora a profunda divergência de posições, aqui deixe uma palavra de justo aplauso.

José Ribeiro e Castro será, se os seus pares assim entenderem, o dirigente de que o CDS necessita para sair do atoleiro populista para que se deixara arrastar.A direita terá em Ribeiro e Castro o líder de que carece para se afirmar de forma responsável, depois de tantos anos de obscurantismo.
Freitas do Amaral vai seguramente dormir melhor.
Portugal, a Democracia e a esquerda só vão ganhar com isso!


sexta-feira, abril 22, 2005

Que raiva !!!

Se pudesse, ía lá e desatava à bofetada a todos eles.
À Fretilin, ou lá o que é, e à Igreja, se é que é isso!
Se pudesse, e me deixassem, havia de descarregar sobre eles toda a minha raiva, até que me aceitassem como inimigo a sério.
Talvez assim percebessem que aquele povo ainda precisa que se acautele o inimigo real que lhes ronda a porta!
Que merda, pá !!!

quinta-feira, abril 21, 2005

DA CULTURA ...

... OU DO MEU DIREITO À ASNEIRA




Quando a inauguração finalmente ocorre, damos conta da sua qualidade, reconhecemos a sua valia, lamentamos por uma última vez a derrapagem no custo e a irresponsabilidade de quem a acompanhou (ou foi pago para a acompanhar !) e pronto, podemos partir para outra; desta já nos livramos!

O Porto 2001 aí tem finalmente a sua Casa da Música, como Lisboa teve (e tem) o seu CCB e, quem sabe, um dia a minha santa terrinha terá também a sua feira das vaidades!

No próximo milénio, um muito considerado estudioso dissertará, provavelmente, sobre uma estranha civilização de que são referenciadas inúmeras ruinas de monumentos que tudo indicia se terem destinado à veneração de uma tal "Santa Ostentação", santa padroeira da Cultura, mas lamentará que, surpreendentemente, ainda estejam por encontrar provas de empenhamento de tal santa.


Continuamos a gastar (e como eu gostaria de escrever "investir") em betão e subsídios e, no entanto, basta olhar para a programação das nossas televisões para nos apercebermos da inutilidade do nosso esforço!

Porque a asneira é um direito que eu vejo ser exercido e reconhecido de uma forma particularmente generosa, aqui venho reclamar a minha quota-parte sugerindo uma nova abordagem.
Eu apostaria em algo muito simples e para gente perfeitamente normal! Muito trabalho e só três palavras : Estimular a procura.

quarta-feira, abril 20, 2005


Os muros erguem-se quando o medo ordena...

... mas não é o medo que comanda a vida.

segunda-feira, abril 18, 2005

Umas no cravo...


Deixem que vos diga que

(1) Me enganei quando receei que a questão dos medicamentos não sujeitos a receita médica pudesse ser uma mera troca de “lobbies”.

(2) Quando tive esperança de que o governo fosse capaz de definir primeiro o que seriam lugares de “confiança política” e só depois avançar com as suas nomeações, acertei.

(3) Reconheço que não fui justo quando insinuei que a afirmação de que não haveria aumento de impostos fosse apenas para adiar e prolongar por mais tempo o “estado de graça” do governo.

(4) A proposta de lei de limitação de mandatos parece, mesmo, mais uma “lei anti-Jardim” do que uma proposta deste governo. Qualquer lei que, nessa área, não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos (aproveite-se a revisão constitucional para admitir isso!) e não só os presidentes de orgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não é credora do respeito dos portugueses (ou, pelo menos, do meu !).

(5) Considero vital que em Junho, o governo fale muito claro às pessoas! Já há quem, abusando da pouca informação, insinue que os preocupantes indicadores económicos há dias adiantados pelo FMI são consequência da acção deste governo e o seu silêncio se destina a encobrir tal facto!

(6) Gostei de ouvir a entrevista de José Sócrates. Transmitiu serenidade, evidenciou determinação e foi muito claro. Isto, partindo de quem escreveu isto ...é obra!


Adenda: Que se não interprete o ponto (4) como qualquer forma de apoio aos disparates do Alberto João!



Porque não?


E pronto.
Às duas por três vejo-me engrenado nesta cadeia de revelar leituras e talvez posturas. Sim por que não é bem despirmo-nos em público,... mas é tirar quase tudo!
Aqui vão as perguntas e as respostas e a minha manifestação de muito apreço aos meus “indigitados”


Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não sou capaz de tal maldade. Até respeito os que escrevem para vender.
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por uma personagem de ficção?
Talvez em miúdo. Se calhar... o Sandokan. O tipo era fixe.
Qual foi o último livro que compraste?
Khadi-murat” de Tolstoi
Qual o último livro que leste?
Finalmente, o “Equador” de Miguel de Sousa Tavares
Que livros estás a ler?
Estou a reler “A criação do Mundo” de Miguel Torga e vou lendo “Melo Antunes, o sonhador pragmático” entrevista de Maria Manuela Cruzeiro.
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
”Servidão Humana” de Somerset Maugham, “Os insubmissos” de Urbano Tavares Rodrigues, “Vinte anos de poesia” de Ary dos Santos, “A guerra do fim do mundo” de Mário Vargas Llosa e “Obras de Gil Vicente” da Lello & Irmão em papel bíblia ( espero que não seja considerado batota !)
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Ao José A Martins do “Briteiros”
Ao Carlos Araújo Alves do “Ideias soltas”
Ao Homem das Neves do "Sob a estrela do norte"
Porque gosto do que escrevem e decerto acederão a que saibamos dos seus gostos.


sexta-feira, abril 15, 2005

Preocupações


Numa daquelas conversas de café, na mesa de que já aqui falei há tempos, comentavam-se os aplausos que uma daquelas ilustres figuras do Estado Novo conseguira arrancar de uma plateia de “fieis seguidores”, quando o meu amigo Jorge se saiu com esta:
“olha pá, quando um gajo se convence que os outros só têm cabeça para acenar, já está perdido(*)”.

Vem isto a propósito de um texto que fui encontrar no 4ª República e do comentário lá aposto. Sugiro que vão ver. Mas, por favor, se acharem que sou eu que estou "perdido", digam-mo sem rodeios! Começo a ficar preocupado!!!

(*) não foi exactamente esse o termo usado.



Na ordem do dia


No meu tempo da tropa, depois do jantar, a malta tinha hipótese de dar uma volta, dentro ou fora do quartel, e rigorosamente à hora estabelecida, tínhamos todos de estar formados para “responder à chamada” e ouvir ler o essencial da chamada “Ordem de Serviço”.
Era o “recolher” a que se seguiria um pouco mais tarde o “toque de silêncio”.
Bonito, o toque, nas suas vestes de caqui!

Mas a ordem de serviço dizia tudo.
Rezava assim: “Determino e mando publicar: Serviço para amanhã , dia....”
E lá enumerava tudo o que, naquele mundo, era necessário que se soubesse e nada aconselhável que se esquecesse.
Até se determinava lá quando é que era autorizado ter frio:- “a partir do próximo dia x é autorizado o uso de capote”!

Neste mundo dos blogues, como no mundo da informação, também está instituída uma ordem, tão detestável como aquela outra e com a agravante de que nem sequer se sabe quem a determina e creio que ainda ninguém pensou publicá-la!

“A ordem do dia” manda que se farta e acaba por nos arrastar para o grave pecado de todos dizermos quase o mesmo sobre a mesma coisa. Não fora o maior jeito de alguns mais qualificados, e isto seria uma penosa pasmaceira!

Dito isto, creio que ficará claro porque é que hoje não vou dizer nada sobre a Casa da Música, nem sei quando darei a minha opinião sobre a entrevista do sr primeiro ministro, que acompanhei com atenção.
Quanto ao Sporting direi, um dia destes, que até o benfiquista que há em mim ...gostou do que viu!



quarta-feira, abril 13, 2005

Aqui para nós


(1) Sócrates foi a Espanha “abrir as portas” do mercado, às empresas portuguesas e Zapatero, perante as dúvidas que se colocam sobre a receptividade do mercado espanhol em relação às empresas portuguesas respondeu "Espanha é um país aberto à concorrência e ao investimento estrangeiros, pelo que queremos dar a máxima abertura à presença de empresas e investimentos portugueses."

Agora, aqui para nós, isto ainda é notícia?!



(2) "O Grande Oriente Lusitano (GOL) vai entregar à Torre do Tombo a lista de 3600 agentes e informadores da PIDE guardada há 30 anos pela Loja Liberdade, anunciou ontem o grão- mestre da Maçonaria Portuguesa, António Arnaut "
"O documento, entregue sábado ao grão-mestre durante um banquete em Lisboa, tinha sido encontrado, logo após o 25 de Abril de 1974, por um membro da Loja da Liberdade no Palácio Maçónico."

Mas, aqui para nós, não é estranho que tenha estado 30 anos nas mãos de um particular? É que as razões terão sido, por certo, as mais louváveis deste mundo, mas também dá para pensar nas mais sinistras!!!



(3) Por sugestão do “Puxapalavra” visitei o site do clube de fans do cardeal Ratzinger e fiquei perplexo!
Nunca me ocorrera que o sr Cardeal tivesse um clube de fans, e era para mim inimaginável que se vendessem t-shirts e outros adereços com tal imagem de marca. Mas o tipo de mensagem que transcrevo a seguir, destroçou-me completamente
:

“As Grand Inquisitor for Mother Rome, Ratzinger keeps himself busy in service to the Truth: correcting theological error, silencing dissenting theologians, and stomping down heresy wherever it may rear its ugly head -- and, consequently, has received somewhat of a notorious reputation among the liberal media and 'enlightened' intellegensia of pseudo-Catholic universities.”

Aqui para nós, não volto lá!!!

terça-feira, abril 12, 2005

Breves #2


(1) Ontem ficamos a saber que um ilustre sindicalista da nossa PSP está a colaborar com alguém alemão num documentário onde, pelo que deu para entender, vão merecer destaque todas as nossas misérias na área , sem esquecer a prestimosa colaboração da população sempre que uma viatura vai a baixo na via pública e precisa dum empurrão.
Ah grande sindicalista!



(2) “Com a extinção da Secretaria de Estado da Administração Judiciária, foram suspensas as despesas com os vencimentos do secretário de Estado, chefe de gabinete, adjuntos, assessores, secretárias pessoais, motoristas, viaturas e telefones móveis, entre outras. Assim, os 500 mil euros apurados naquelas despesas passaram a ser afectados à viabilização do pagamento de indemnizações, já fixadas, a vítimas de crimes violentos.”
Se esta moda pega ...



segunda-feira, abril 11, 2005

O título:

Sida atinge 40% das grávidas imigrantes


O texto:

Cerca de 40% das grávidas infectadas com o HIV atendidas pela Maternidade Alfredo da Costa, em 2004, eram imigrantes, revelou a médica Cristina Guerreiro, num seminário sobre a saúde das mulheres imigrantes.

Uma "prenda" do Jornal de Notícias

sexta-feira, abril 08, 2005

Casamentos (?!)


No Blasfémias (link à direita), anda um debate aceso entre dois “liberais” residentes e mais alguns não residentes, à volta do casamento e de “outras coisas” a que também querem chamar o mesmo (se é que é isso?!).

Para abrir o apetite, tirei dum post de RAF, o seguinte:

“Seguindo: sendo eu um liberal, não subscrevo o que JM escreve quando afirma não existir qualquer "objecção liberal ao (...) casamento entre seres de espécies diferentes": pese embora não me incomode que o meu amigo JM firme com o seu cão ou com o seu periquito um qualquer acordo de partilha afectiva, e perceba que a afirmação aqui tenha um sentido piedético, discordo que se chame a isso "casamento". É de mau gosto.”

”O casamento é uma convenção que radica, primariamente, no direito natural, e que mais não é do que a decisão de duas ou mais pessoas viverem em conjunto, constituindo um corpo familiar e assumindo tudo o que ele acarreta, no plano afectivo e material.”


E ao post seguinte, de JM, fui buscar isto:

“ Em última análise só pode existir uma posição liberal sobre um determinado assunto. A existência de duas posições liberais sobre o mesmo assunto transformaria o liberalismo numa filosofia relativista que eu penso que não é. “

Eu, que de liberal não tenho rigorosamente nada, já consegui entender que pode haver diferentes posições de liberais mas só uma delas é liberal. Foi uma grande conquista!!!

Quanto ao casamento, enquanto cidadão convictamente conservador nestas matérias, só espero que me reconheçam o direito de não ter necessidade de acrescentar mais nada quando me for perguntado qual o meu estado civil. Juro que nada mais reivindico nesta área!

Nunca regatearei empenhamento na defesa do direito à diferença, assumida com dignidade, mas de folclore e falsos progressismos, já começo a ficar cansado!



quarta-feira, abril 06, 2005

Breves # 1


(1) E não é que a ocupação dos alunos durante os “furos” é mesmo um problema muito sério para as escolas?!
Porque será?

(2) Pronto. Para quem tinha dúvidas aí está! Não é nos Governadores Civis que vai haver redução da despesa!

(3) Segundo o JN, chama-se sulfato de glucosamina o extracto natural que ajuda doentes a preservar e reconstruir articulações e portanto alivia os doentes com artrite reumatoide. E, pelos vistos, pode encontrar-se nos crustáceos!
E tinha que ser logo no marisco?! E ao preço que está?!

(4)
No Blasfémias, o Gabriel Silva indigna-se com o facto do Sr Presidente da República ter oferecido ao Sr Cardeal Patriarca os serviços do Falcon e o seu leitor Luís Lavoura comenta que acha “muito mais justificável pedi-lo para ir ao Príncipe”.
Um usa (ou abusa!) e o outro oferece; a diferença de objectivos é conhecida...
Estamos todos tolos?



terça-feira, abril 05, 2005

Assim, não vamos lá!


Segundo o DN, o Governo admite extinguir os exames do 9º ano já em 2006.
É certo que a leitura do texto não confirma o título, mas deixa sinais que não indiciam nada de particularmente interessante para quem todos os dias é confrontado com referências pouco elogiosas ao nível do ensino em Portugal.

É verdade que os exames não são propriamente uma modalidade de formação, mas contribuem seguramente para a criação do desejável clima de responsabilização de que vamos precisando, para sair do lamaçal do facilitismo em que nos afundamos.
Mas se já antes da primeira edição de uma prova se admite a hipótese da sua extinção, dificilmente se pode esperar que cheguemos a bom porto!


segunda-feira, abril 04, 2005


Já há dias tinha ouvido a notícia mas, como gato escaldado, deixei arrefecer.

Em Portugal, por hora, morrem 3 pessoas vítimas de AVC !!!

Para Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a melhor prevenção é manter uma alimentação saudável, à base de legumes, fruta e alimentos com pouca gordura saturada, fazer exercício físico e medir regularmente os níveis de colesterol no sangue, o que "pode ser feito até numa farmácia com uma simples picadela no dedo" (esta, para mim, é nova!).

Mas aqui para nós, penso que também convirá que não levemos muito a sério (ou será à séria?) os excessos de informação que este governo nos está a facultar!

É que isto enerva, pá!!!


quinta-feira, março 31, 2005

Dignidade, precisa-se!


Quando, há tempos, aqui elogiei o Dr Nogueira de Brito por ter apresentado o pedido de demissão da presidência da CVP, não fazia ideia nenhuma de que estava a assinalar de forma tão pelintra uma atitude merecedora do maior dos destaques!

É que afinal, de todos os outros de que tanto se falou, não nos chegam notícias!
Eu não acredito que estejam à espera de serem “demitidos sem justa causa”, numa manifestação da mais “ignóbil perseguição política” por parte do novo “governo socialista” !!!

terça-feira, março 29, 2005

Sem comentários

Isto de andar na “blogos” e não poder parar para um copo com os amigos, não tem piada!
No Blogger não dá... no Haloscan, pode lá aparecer outro e dizer que fui eu...
Estou a pensar meter férias!

segunda-feira, março 28, 2005

Bocas da reacção #2


(1)- Não basta denunciar a incrível relação de 1 para 4 entre funcionários do Ministério da Agricultura e agricultores. Não acredito que não haja solução digna para isso, nem me passa pela cabeça que os funcionários em excesso se sintam bem!

(2)- Eu bem entendo as razões do governo para querer referendar o tratado da Constituição Europeia em simultâneo com as eleições autárquicas! Mas também penso que faz todo o sentido o alerta do Dr. Fernando Rosas (BE) já que, uma vez alterada a Constituição, vamos correr o risco de levar muita coisa a reboque de um qualquer acto eleitoral!

(3)- Isto de os agentes das forças policiais se nos apresentarem com poderes quase absolutos em questões de transito e tão debilitados em questões de segurança pública, faz-me pensar um bocado!