E, para quem aprecia, aqui está, recém-chegada do mundo do faz-de-conta, “A grande Lata” em versão despudorada. A falta de respeito pela inteligência dos destinatários, justifica-se pela nobreza dos propósitos!
“E esse balanço vai-se fazendo com o tempo, com a tempestade pública, com a agitação no país, em função daquilo que parece ser um percurso que não poupa nem ajuda ninguém, em nome de um moralismo que nada tem a ver com política.
Os portugueses querem soluções à medida, melhorar as suas vidas, ver o país crescer e andar para a frente, e ninguém, em boa verdade, pode garantir que isso vai acontecer, e que daqui a uns anos está tudo melhor.
Não tem sido assim, e porque razão será agora? O Governo tem de perceber que está em funções em nome de uma maioria que o sustenta, e não contra tudo e contra todos.”
(Luis Delgado em “ Cem dias depois”)
Ou melhor ainda
“Neste contexto, existe, a meu ver, uma outra coisa que tem de ser repetida à exaustão o PS herdou um défice de menos de 3% do exercício orçamental de 2004 e quer deixar o País com um défice orçamental de 6,2% no final de 2005. Isto é, de um ano para o outro, o buraco nas contas públicas mais do que duplica. À boa maneira da irresponsabilidade socialista, estraga-se com um golpe o caminho prosseguido nos últimos três anos e transmite-se a ideia de que os sacrifícios pedidos aos portugueses de nada serviram. E tudo isto para servir propósitos essencialmente políticos.”
(
José de Matos Correia em “Para compreender o essencial”)
Para não falar nesta notícia ...
“Em comunicado hoje divulgado, Santana Lopes afirma que escreveu ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, ao presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker, e ao comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, «para que considerem vários factores relevantes que enquadram a avaliação do défice [português] nos últimos três anos». ...”
...que se pode ler aqui.