sábado, novembro 26, 2005

Queira Deus ...

Não é aceitável que a ostentação de símbolos religiosos, por parte de alguns, possa beliscar a liberdade religiosa de outros.
Essa é a argumentação que esteve na origem da grande polémica que perturbou a França e a Alemanha em 2003/2004 e ameaçou alastrar tomando proporções preocupantes. O “lenço islâmico” incendiou os ânimos e é bem o exemplo de uma acção mal conduzida!

Por cá tudo correu bem. É-nos reconhecido um apreciável grau de tolerância e compreensão e, pelo menos enquanto a sua dimensão não incomoda alguns radicalismos latentes, vamos respeitando, com alguma naturalidade, a liberdade religiosa de cada um.

Recentemente, na sequência de uma exposição da Associação República e Laicidade, o Ministério da Educação ter-se-á decidido pela retirada de crucifixos de todas as escolas e, não fora o facto de tal decisão quase ter caído em saco roto, tudo teria ocorrido na mais pacata das calmas. Seria uma consequência natural do nosso estatuto de Estado laico.

Aconteceu porém que a decisão parece ter sido ignorada por toda a gente, incluindo quem tinha por missão fazê-la executar, e só agora chega aos ouvidos do cidadão comum.
E chega-nos também a preocupação de quem deveria (ou poderia) ter sido ouvido em assuntos desta natureza.

Que se oiçam pois. Porque bom será que sejam ouvidos ... e se revelem sensatos!
Tivemos muito tempo para pensar e agir sem gerar tensões, por isso ninguém compreenderá que adiemos até que um qualquer conflito social transforme uma questão de forma, num problema de fundo!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Obviamente, não!

Não posso concordar com o aumento das taxas moderadoras!
Chega de desculpas esfarrapadas!
É tempo de pôr cobro a este tipo de medidas que acabam por penalizar os mesmos de sempre!

Será que o Governo se não apercebe de que é já suficientemente moderadora a má qualidade dos serviços prestados?!!!

quarta-feira, novembro 16, 2005

Quem é, afinal, Mário Soares?!!!

Confesso que não sei muito bem como vou acabar este desabafo que desejo breve, como convém a quem vai tendo paciência para me ler, mas não posso deixar de escrever algo que dê voz à minha indignação, ou mesmo repulsa, pela forma repugnante a que um tal Mário Soares, a quem já dei em tempos o meu voto, recorreu para atacar aquele que foi um seu companheiro de tantas lutas e de tão nobres ideais.

Mário Soares tirou definitivamente a máscara e mostrou que lhe falta tudo o que deve caracterizar o Homem que sempre simulou ser.

É mentira que Mário Soares lute por ideais, porque se percebe bem que Soares luta pelo seu umbigo, pelo seu “clã”, pelos seus compadres!

É mentira que Mário Soares seja capaz de unir os Portugueses, porque os Portugueses são um povo nobre e em nenhuma circunstância aceitam a canalhice como arma!

É mentira que Soares represente a esquerda seja ela o que lhe quiserem chamar porque a esquerda tem princípios, tem valores, tem ética!

Verdadeiramente para Mário Soares não há esquerda nem direita, nem companheiros, nem camaradas, nem Salgado Zenha, nem Manuel Alegre.
Para Mário Soares há apenas os que o servem e os outros.
Todos os outros!

E por aqui me fico, antes que, também eu, tenha um enfarte!

segunda-feira, novembro 14, 2005

A Entrevista

... ... ...
... ... ...
CCS: ....” e daí não vai sair”...
CS: “E daqui não vou sair.”


sexta-feira, novembro 11, 2005

Oposição, precisa-se.

Solidariedade, deve-se.



O debate da proposta de orçamento para 2006 não correu lá muito bem ao PSD.
Revelando claramente não ter feito o “trabalho de casa” que estas coisas devem impor, Marques Mendes foi banal na justificação apresentada para o pré-anunciado voto contra da sua bancada e, convenhamos, não era a melhor altura para revelar tão pouco empenho.
Depois de ter elogiado o orçamento era preciso muito mais para explicar esta reviravolta!


Não pontuou quando falou da Ota e esqueceu o TGV; Sócrates não perdoou!
Não foi capaz de ser consistente na proposta de que as portagens nas SCUT pudessem substituir medidas de aumento de impostos que explicou mal.
Ficou-lhe bem a preocupação com a alteração introduzida nos montantes das deduções específicas no IRS dos reformados com pensões acima dos 535 €, mas deveria ter-se preparado melhor porque afinal se tratava de uma medida já prevista no programa de estabilidade e crescimento.
Marques Mendes gastou as munições de que dispunha escolhendo um falso alvo e o governo acabou por poder mostrar que com tal medida só seriam afectados no rendimento disponível os reformados com pensões superiores a “658 contos”. (Confesso que ainda não entendi muito bem como, mas lá voltaremos!)

Importa porém que esta ausência de oposição não iluda a análise de Sócrates porque convirá que tenha presente que vai aumentando todos os dias o número dos que já não entendem porque é que as tais (tantas!) justíssimas medidas nunca servem para outra coisa que não o aumento da receita do Estado.

Ao fim e ao cabo a despesa desceu, mas apenas em percentagem do PIB e são muitas as notícias que revelam continuar a estragar-se muito milhão que muito jeito faria aos tais 20% que auferem rendimentos de miséria!


quarta-feira, novembro 09, 2005

Rescaldo de uma entrevista ou “Não há festa nem festança...”

Eu sei que aquela senhora consegue mesmo irritar, mas Manuel Alegre não pode ir “de peito feito e coração ao alto” quando tiver que ser confrontado com as matreirices de terceiros.

Manuel Alegre já não tem apenas o seu quadrado para defender. Agora é este “nosso rectângulo” que está em causa!

terça-feira, novembro 08, 2005

Quem nos governa? Quem nos governou?


Em meados de Setembro foi notícia uma redução de 6% no preço de venda dos medicamentos, e – não fora a redução da comparticipação decidida na mesma altura e que em alguns casos acabou por agravar os preços em vez de os reduzir – teria sido motivo para grandes títulos e objecto de amplo debate nacional.

Hoje pode ler-se no DN :

“Dados do Ministério da Saúde português revelam que os genéricos mais vendidos em Portugal e em Espanha são, em média, mais caros 101,6% no mercado português. Em alguns casos são mais caros 389%.”

E aí eu afino!

É que se a minha matemática ainda me merece crédito isto quer dizer que, em média, pagamos pelos medicamentos genéricos mais do dobro do que pagam os espanhóis, e, em alguns casos, quase o quíntuplo!!! E, ainda por cima, os mais afectados dos nossos ganham metade dos seus iguais de Espanha!
Quer dizer : chegamos a ter genéricos 10 vezes mais caros que "nuestros hermanos"!!!

Andamos nós, há tanto ano, a pagar a quem nos governe...

quinta-feira, novembro 03, 2005

No "Ideias em desalinho" fui encontrar este soneto que é mais uma das "delícias" com que a autora gosta de apaparicar os seus leitores.
Saboreiem, então:

Se desejo que a vida seja amena,
não é por fuga à pena ou medo à dor.
Sinto medo maior de um “salvador”
podre de brio, que ache a dor pequena.

E que, após decidir subir à cena
para lá alcançar todo o esplendor,
se comporte como um falso laçador
e aperte o nó, p’ra dar brilho à cadena.

Se “de tanga” fiquei e ainda me tapo
do “monstro” que me espreita a cada esquina...
Se voltar o “criador” não sei se escapo.

É que esta inquietação que me amofina,
por mais que eu tente não lhe dar "cavaco",
leva-me o resto da “tanga” em nicotina.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Quantos são?!


Estimulado pelas declarações de um empresário de excelência que assegura que “Cavaco vai ganhar e vai ser um excelente Presidente para trabalhar com um excelente Primeiro-ministro”, ousei provocar um meu amigo, entusiasta de CS, com uma referência à excelência do nosso PM.

Não vou aqui relatar o que decerto imaginam que terei ouvido, mas confesso que tive clara consciência de que há mais do que um cavaco na candidatura de Cavaco Silva.