sexta-feira, abril 15, 2005

Na ordem do dia


No meu tempo da tropa, depois do jantar, a malta tinha hipótese de dar uma volta, dentro ou fora do quartel, e rigorosamente à hora estabelecida, tínhamos todos de estar formados para “responder à chamada” e ouvir ler o essencial da chamada “Ordem de Serviço”.
Era o “recolher” a que se seguiria um pouco mais tarde o “toque de silêncio”.
Bonito, o toque, nas suas vestes de caqui!

Mas a ordem de serviço dizia tudo.
Rezava assim: “Determino e mando publicar: Serviço para amanhã , dia....”
E lá enumerava tudo o que, naquele mundo, era necessário que se soubesse e nada aconselhável que se esquecesse.
Até se determinava lá quando é que era autorizado ter frio:- “a partir do próximo dia x é autorizado o uso de capote”!

Neste mundo dos blogues, como no mundo da informação, também está instituída uma ordem, tão detestável como aquela outra e com a agravante de que nem sequer se sabe quem a determina e creio que ainda ninguém pensou publicá-la!

“A ordem do dia” manda que se farta e acaba por nos arrastar para o grave pecado de todos dizermos quase o mesmo sobre a mesma coisa. Não fora o maior jeito de alguns mais qualificados, e isto seria uma penosa pasmaceira!

Dito isto, creio que ficará claro porque é que hoje não vou dizer nada sobre a Casa da Música, nem sei quando darei a minha opinião sobre a entrevista do sr primeiro ministro, que acompanhei com atenção.
Quanto ao Sporting direi, um dia destes, que até o benfiquista que há em mim ...gostou do que viu!



4 comentários:

Afonso Henriques disse...

Agradeço os parabéns, caro Comandante.
Quanto à Casa da Música, quando a poeira assentar, terá o lugar que merece.
Cumprimentos

Biranta disse...

Boa! Eu também não vou dizer nada sobre "a Casa da Música". Porque já disse tudo em comentários e porque tenho preocupações bem maiores do que "chorar sobre leite derramado"!

Pedro F. Ferreira disse...

Não digo, não digo, não digo, não digo... que concordo consigo. Um abraço.

armando s. sousa disse...

É mais fácil recorremos aos temas mais actuais, especialmente quando as ideias não abundam. Para mim escrevo o que me der na "real gana", por isso é que é o meu blog.
Um abraço.