quarta-feira, maio 18, 2005

Bocas da reacção #4

(1) O tom doutoral com que Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se ao défice, adiantou que “um valor entre os 7 e os 7.5%” não o espantaria, foi um excepcional momento de televisão.

(2) Dando ares de quem estava a acabar de chegar, Marques Mendes exigiu medidas ao governo de José Sócrates. Foi brilhante. Estragou, num ápice, a imagem que construira com os seus "valentins"!

(3) Com notável isenção Miguel Beleza foi buscar a Guterres a origem das nossas dores de barriga e esqueceu-se de todo o “forró” dos fundos comunitários esbanjados “a custo zero”

(4) José Sócrates já só tem o tempo que Constâncio quiser demorar a redigir o documento; depois, vai ser uma maçada!

(5) Estou com a estranha sensação de que a factura vai ser apresentada aos mesmos.

8 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

E eu fiquei com a sensação estranhíssima de :como é que ainda não tinha aqui vindo? de certeza que andava distraída e absorta em coisas de pouca coisa. Bom dia e posso dizer? vou voltar, se não levar a mal, é que sabe bem redescobrir inteligência e bom senso....bomdiabomdiabomdia.

Pedro F. Ferreira disse...

Já estou a preparar o cheque para pagar a factura.

Ricardo disse...

Não há maneira de colocar este país no rumo certo. Só espero é que os erros do passado não se repitam.

Abraço,

Carlos Araújo Alves disse...

Pois, é claro que vamos todos pagar pela incompetência (para mais não dizer) de muito poucos, mas estranho mesmo é esta coisa de responsabilidade política, o que é isso? Em que códico se inscrevem as penalidades desta responsabilidade? Já alguém foi preso por irresponsabilidade política? Não, pois não! Era bom é que para além do crime a responsabilidade dita política estivesse inscrita no Código Cívil com as respectivas penalizações! Essa é que era!

uivomania disse...

Inspirado pelo Ls, eu acho que: tudo como sempre um quartel general indecente!
Nesta recem "democracia", cada governo que sobe ao poder, descobre que o estado da nação é bem pior do que pensava!
Vem-me à cabeça a época pré Salazar...

isabel mendes ferreira disse...

seja bem vindo, é bem vindo. e espero por si quando lhe regressarem as palavras....um bom dia.

musqueteira disse...

E a factura virá com IVA?!...;)

Unknown disse...

Já estou farto de facturas e sacrifícios. Há uns quinze anos que nos vêm com esta conversa.
Antes de entrarmos para o Euro eram os sacrifícios para aderirmos ao Euro, para estarmos no pelotão da frente.
Depois são os sacrifícios exigidos pelo Euro...
É cada vez mais óbvio que o problema não é dos governantes, o problema é de estratégia.
A estratégia de estar sempre no tal "Pelotão da Frente" foi e é uma estratégia errada!
Aderir ao Euro, por exemplo, foi um erro crasso. É necessário sair imediatamente do Euro, e sair pelo nosso pé antes que os outros tomem medidas para nos colocar de fora e da forma que decidirem.
É que toda a gente fala, contra o deficit, contra o despesismo dos portugueses, contra os políticos, contra os empresários, etc.
Mas ninguém tem coragem de por o dedo na ferida, isto é, de fazer a pergunta, "E se a culpa for da estratégia de termos adoptado o Euro?"
Enquanto não se equacionar este problema nada se resolverá.
O Euro é uma experiência de economia recreativo com 300 ou 400 milhões de cobaias. O Euro prejudica todos os países mas uns são mais prejudicados do que outros, nós, por exemplo.
E enquanto se deviam estar a discutir estas coisas há uns originais a terem o supremo descaramento de que temos de dizer "Sim" à Constituição europeia...