Sempre as oposições denunciaram inúmeras situações de manifesto abuso,
Sempre os “novos senhores” deram ares de ir moralizar o assunto, e sempre esses mesmos senhores fizeram igual ou pior que os seus antecessores.
Também aqui, e uma vez mais, sempre os destronados reivindicaram a justeza das opções feitas e reclamaram critérios de absoluta isenção e incontestável “mérito profissional”.
Mas isto tem mesmo que acabar um dia!
Os portugueses aguardam sinais de clarificação e receberão seguramente bem que um qualquer próximo governo-- que bem poderá ser este!—ponha termo a este ciclo e, de uma vez por todas, defina muito claramente quais os lugares onde entende dever prevalecer o factor “confiança política” e lá coloque os seus melhores, mas assumindo já, clara e expressamente, o princípio da caducidade de tais mandatos sempre que ocorra substituição do ministro respectivo.
Em relação a todos os outros, espera-se que não ceda à tentação de iludir a verdade e, sem pressas mas com determinação, começando pelos mais recentemente empossados, promova a sua substituição ou confirmação pela via dos competentes concursos públicos.
Entretanto deixem-nos fazer sentir o nosso desconforto por recearmos que mais uma vez se não passe disto mesmo, e venhamos um dia destes, a propósito de um outro qualquer novo governo cuja tomada de posse se aguarde,a dar por nós à espera “que seja desta”!
Sempre nos habituamos a adiar a esperança.
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