domingo, janeiro 30, 2005

O milagre no Iraque


As notícias que chegam do Iraque dão-nos conta do sucesso da aposta americana neste acto eleitoral em pleno e profundo ambiente de guerra.
Serei o primeiro a penitenciar-me se estiver enganado, mas 70% de votantes nas condições de que nos chegam informações todos os dias, a toda a hora, é coisa que me não merece o menor crédito.
Estarei enganado? Ainda bem para o povo iraquiano! Será sinal de que George W. Bush acertou na forma de sair depressa do Iraque!
Com tal nível de participação eleitoral, o Governo que resultar destas eleições pode apostar na saída das tropas estrangeiras do seu país como forma de aliviar as tensões internas que, afinal, serão muito menos intensas do que se julgava!
Rezo por isso!

2 comentários:

José Marques Trindade disse...

Publiquei uma série de artigos dedicados ao Iraque, ao Médio-Oriente e à comercialização de petróleo. Como sei que gosta de ler e tem visitado o meu blogue muitas vezes nos últimos tempos, sugiro-lhe uma rápida visita ao Data Venia. Espero que goste, mesmo que ainda assim não concorde com todos os argumentos por mim expostos. Cumprimentos, João Teixeira

Afonso Henriques disse...

Há muita coisa enfiada à martelada nas eleições do Iraque. Por exemplo: a obrigatoriedade de 30% dos eleitos serem mulheres. Uma condição que nem na Constituição Norte Americana existe é imposta a uma sociedade tremendamente condicionada relativamente à normalidade de relacionamento entre sexos.
Outra é insistir na Al-Qaeda como o grande agente terrorista no Iraque: quem vem perpetrando os atentados vem sendo a minoria sunita, que pouco ou nada tem a ver com a organização de Bin Laden, de inspiração wahabita.
Por último, o interesse da Síria e do Irão em ter no Iraque uma aliado de confiança vem financiando o terror que por lá se vai verificando.
Anos e anos a combater a moirama nestas terras de Portugraal deram-me experiência, calo e argumentos para saber do que falo. A maldição que acompanha um rei fundador de uma nação é a de nunca morrer, a de viver para sempre acompanhando os sonhos e os desesperos das gentes que a seu lado combateram e dos filhos dos filhos dessas gentes, que hoje também são gente combatente por aquilo em que acredita, pela terra que sente sua.