segunda-feira, janeiro 10, 2005

Mais um apelo



A entrevista que o Dr Miguel Cadilhe concedeu ao Jornal de Notícias é uma peça cuja leitura recomendo vivamente.
Nos tempos que correm é reconfortante ver expostas, com coragem e transparência, hipóteses de solução para o problema que temos em mãos.
Pena é que outros, com iguais atributos técnicos, não ponham mãos à obra e nos não ofereçam com a mesma clareza a sua visão da situação.
É que não se pode continuar a adiar este debate!
A política de Avestruz ... já não serve mais!



3 comentários:

Afonso Henriques disse...

O silêncio do actual Governador do Banco de Portugal (BP) durante a derrapagem orçamental Guterrista foi, no mínimo, endurdecedor.
Agora não se cala.
A hipotética venda de ouro por parte do BP para equilibrar o déficit foi uma medida adoptada pelo próprio Constâncio há cerca de catorze anos atrás.
Sendo Portugal o país europeu com maiores reservas em ouro, não é de estranhar que tal solução tenha sido preconizada, agora, por Miguel Cadilhe.
Constâncio, é claro, não gostou.
Preferia, concerteza, ter ouvido isso da boca de Sócrates.

Anónimo disse...

Vender ouro de nada serve se não forem adoptadas medidas complementares, de forma a:
-reduzir a despesa corrente da administração pública;
-combater eficazmente a fraude e evasão fiscal;
-promover o crescimento económico e melhorando a balança comercial.

Continuar apenas a promover a obtenção de receitas extraordinárias, como tem sido feito nos últimos anos, não resolve os problemas estruturais do País. Para quando políticos responsáveis com coragem ?

Sócrates? Vamos ver...

Afonso Henriques disse...

Claro que vender ouro, apenas, de nada serve.
Só soluciona o momento. As medidas de fundo que terão que ser tomadas, no entanto, só o poderão ser por um Governo de direita. Isso toda a gente sabe. Não se está a ver quem promete 150 mil postos de trabalho numa legislatura tê-los no sítio para, por exemplo, reduzir o peso da massa salarial dos funcionários públicos através da negociação de reformas antecipadas.