quarta-feira, dezembro 22, 2004

É preciso, imperioso e urgente

Já ninguém esconde que a nossa Economia sofre de grave enfermidade, e muitas têm sido as vozes que se têm feito ouvir reclamando a cabeça dos responsáveis ou prometendo melhores dias.
Mas se é certo que, como dizia a minha avó, para grandes males grandes remédios, também não podemos esquecer que aquí, como na medicina, o doente pode morrer da cura. A doença é séria e não se pode improvisar.

Quer queiramos reconhecê-lo quer não, o sr eng António Guterres abandonou quando sentiu que não tinha condições políticas para controlar a derrapagem...
... e poucos terão dúvidas de que o sr dr Durão Barroso só aceitou ir para a presidência da Comissão Europeia porque percebeu que os dois anos que tinha pela frente já não eram suficientes para que pudesse colher os louros do equilíbrio das contas do Estado e do relançamento da economia. E, note-se, os Portugueses acabaram por aceitar sacrifícios que não tiveram qualquer contrapartida!

Então como sair daquí?
Seguramente, só com muita determinação.
Decididamente, agora!

Porque para grandes remédios são precisos grandes profissionais, e o rigor do tratamento não admite considerações de oportunidade eleitoral ,"é preciso, imperioso e urgente" um pacto de regime, negociado já, enquanto a campanha não empurra toda a gente para a demagogia, que balize e credibilise a acção do governo que saia das eleições, e comprometa, para o bem e para o mal, as oposições.

O Povo saberá ajuizar !



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