segunda-feira, janeiro 23, 2006

Balanço

Em hora de balanço, recolhidas e bem guardadas as bandeiras, algumas verdades a meu ver inquestionáveis:
(a) O Presidente eleito pela maioria dos Portugueses é Aníbal Cavaco Silva.
Ponto final!
Novo parágrafo!!!

(b) O grande obreiro desta vitória chama-se José Sócrates e lidera um Governo que parece nunca ter ouvido falar dos perigos que corre quem se deixa seduzir pelas benesses concedidas por aquela sereia que dá pelo nome de “ditadura da maioria”.
E – já lá dizia o “ti Manel da burra” – não há maior cegueira do que a de quem não quer ver!!!

(c) O segundo grande vencedor desta disputa, se se souber gerir com inteligência o resultado eleitoral de Manuel Alegre, poderá chamar-se “Democracia Participativa”.

(d) O segundo maior derrotado, porque, insistindo em usar a falta de humildade democrática como arma de destruição maciça, dá sinais de começar a cansar toda a gente à sua volta, é Francisco Louça.

(e) Finalmente, se tivesse de ser atribuído o prémio de “o político certo no partido certo” ele iria incontestavelmente para Jerónimo de Sousa.

3 comentários:

Ricardo disse...

Viva,

Em parte também faço esse balanço com uma ligeira nuance. No que toca a José Sócrates é preciso ter em atenção que a situação do país não é fácil nem será fácil. Foi e será necessário continuar a ser impopular, por mais eleições que perca. Não estou a defender todas as suas políticas - não concordo com a fiscal - mas todos sabemos que o país que todos nós construímos ao longo dos anos chegou a uma encruzilhada...

Abraço,

Pedro F. Ferreira disse...

No meio desta porcaria toda, salvam-se os blogues. Isto andava mortiço desde a saída do Santana Lopes.
Quanto ao post: curto e certeiro. Abraço.

Rui Martins disse...

Jerónimo continua a ser uma surpresa e a se capaz de suster não só a queda do PCP, como até a conseguir uma ligeira mas franca recuperação. E isto num PCP que insiste em não se adaptar... Imaginem o que seria se se tornasse "mais europeu" e se seguisse os caminhos do PCI... Seria governo daqui a uns anos?