quarta-feira, julho 20, 2005

O princípio do fim

É certo que não é fácil sobreviver em ambiente de intensa guerra psicológica, mas o Sr Professor Luís Campos e Cunha já o deveria saber.

Assim, deixa fragilizado o governo e seriamente comprometida a esperança numa saída digna para o drama social que irresponsavelmente vamos arquitectando.

Vêm aí tempos muito difíceis!

5 comentários:

Lyra disse...

(que bom que está de volta!)
Os tempos dificeis não são os que já estamos a viver? Irão piorar?

armando s. sousa disse...

Bem regressado.
Concordo que os tempos que vem ainda vão ser mais difíceis.
Um abraço.

Afonso Henriques disse...

Campos e Cunha saiu porque não tem condições para aplicar a política de rigor que Sócrares prometeu aos portugueses. Porquê? Porque é impossível existir rigor num antro que se dedica à criação compulsiva de elefantes brancos.
Ver aqui http://www.maquinistas.org/media/ruirodrigues/malagavslisboa.pdf
um estudo comparativo

Ricardo disse...

Viva,

De facto é inevitável pensar que os tempos difíceis estão para ficar. Tenho pena ao assistir à degradação galopante da vida pública e da política. Nem com maioria absoluta é possível arranjar nomes credíveis para o executivo e, quando se arranja, estes têm dificuldade em aceitar os vícios da política e a pressão da Comunicação Social.

Assim não vamos lá! Mas, feliz ou infelizmente, é um problema universal. Quem pensaria, há umas décadas, que George W. Bush era o melhor que a América conseguia arranjar?

Abraço,

Diogo disse...

Os tempos difíceis não serão para todos.

Expresso – 16 de Julho de 2005

Presidente do BPI defende: Ordenados em Portugal devem baixar 10%

OS PORTUGUESES deviam ter uma redução de 10% nos salários, como forma de ajudar a resolver a má situação das contas públicas. E quem ganha mais devia ter uma redução entre 12 e 15%. A sugestão é do presidente do BPI, Fernando Ulrich, que adianta: «A situação é grave e estrutural, mas os portugueses não estão mobilizados nem preocupados com a competitividade, querem é passar mais tempo na praia».



Jornal de Negócios - Segunda, 18 Julho 2005

Banco apresenta hoje resultados

Lucros do BPI deverão subir entre 17,3% e 24,5%

Os lucros do BPI deverão ter subido para um valor médio de 56,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, de acordo com as antigas regras de contabilidade (em vigor até ao final de 2004), revelam as estimativas dos analistas de sete casas de investimento.

Esta subida representa um crescimento de 17,3% face ao período homólogo de 2004, quando os lucros atingiram os 48,5 milhões de euros.

Os dois bancos de investimento que incluíram nas suas análises as novas normas, estimam que os lucros do banco liderado por Fernando Ulrich tenham aumentado para cerca de 60 milhões de euros.

As acções do Banco BPI seguiam a subir 0,32% para os 3,18 euros.



Comentário:

Fernando Ulrich é um homem mobilizado e preocupado com a competitividade, e por nada deste mundo trocaria o árduo e problemático lucro, pelo dolce far niente da praia.

Se quem mais ganha, em salários, deve ter uma redução entre 12 e 15%, qual a redução que devia ser aplicada a quem mais lucra? E como é possível lucrar tanto num país em profunda recessão? Tudo questões para meditar à beira-mar.