(1) Já disse, e estou profundamente convencido de que, qualquer lei que não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos e não apenas os dos presidentes de órgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não resolve nada do que entendo fundamental nesta área: - renovação e recuperação de credibilidade.
Penso mesmo que, com a aprovação desta proposta do governo, se abre o caminho a habilidades locais que não é difícil imaginar, e que irão possibilitar a eternização de mandatos dos mesmos caciques que esta proposta pretende combater. E, o que é grave, tais habilidades colherão facilmente o apoio das populações.
(2) O que transcrevi no “post” anterior é do PSD, então PPD, mas poderia ser de qualquer um dos partidos políticos de então. Com aquele “inocente” jogo pretendi demonstrar
(a) Que o discurso político de então nada tem a ver com a de hoje, e daí um imenso rol de ilações que não cabem aqui.
(b) Que há coisas que, por mais que nos esforcemos, não conseguimos alterar.
(c) Que éramos, então, muito mais honestos do que hoje.