segunda-feira, setembro 26, 2005

Um voto de indignação


Repetir até à exaustão as virtudes que se deveriam reunir, para validar soluções que nada têm de virtuosas, se não é cansativo para o orador é, no mínimo, revoltante para o ouvinte que insista no seu direito a usar a massa cinzenta.

José Sócrates não tem o direito de continuar a “vender” as qualidades de Vara e ardilosamente usar a referência às suas funções de coordenador sabendo que deveria acrescentar “de segurança” – sim, coordenador de segurança! – para dizer a verdade.
José Sócrates não pode continuar a apregoar as virtudes de uma candidatura presidencial que as não tem, nem deveria esquecer que os partidos não “têm candidatos” à presidência da Republica.

José Sócrates estará no seu direito de apoiar quem muito bem entender, mas não é “bonito” ignorar que um respeitável Fundador do Partido Socialista optou por apresentar a sua candidatura!

Agora, porque a arrogância parece ser contagiosa, aparece um tal José Lello que, investido nas funções de guardião do templo, se acha no direito de excluir do debate político do partido, mesmo na sua terra natal, um dos seus mais respeitados membros!

Vinte anos depois de Salgado Zenha é Manuel Alegre que tem que afrontar uma estrutura em defesa de valores que se subvertem em prol de um caciquismo com novas roupagens!
Quem se chocou com a “expulsão” da fotografia de Freitas do Amaral da sede do seu partido não pode calar a indignação por esta nova canalhice.

Isto não tem elevação!

Isto é uma indignidade!


sexta-feira, setembro 23, 2005

Valha-nos Nª Srª de Fátima


Finalmente ficou claro que a Fátima Felgueiras não fugiu.

A Juiza Ana Gabriela Freitas decidiu que a candidata só esteve numa situação de "aparente fuga à Justiça"
Com efeito, para a magistrada que ontem decidiu libertar a candidata, o mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães não foi executado porque a ex-autarca "encontrava-se ausente, alegadamente, para o Brasil".



sexta-feira, setembro 16, 2005

A ver vamos!


O Conselho de Ministros de 8 de Setembro aprovou uma Resolução que prevê um conjunto de orientações no sentido de tornar mais justos e equilibrados os sistemas de remunerações e pensões nas empresas públicas (sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos e entidades públicas empresariais) e nos institutos públicos e aplica-se também aos cargos designados ou propostos pelo Estado com estatuto remuneratório equiparado a gestor público.

“As medidas agora adoptadas pelo Governo obedecem a quatro princípios essenciais.

  • Em primeiro lugar, o princípio da harmonização público-privado: só serão admitidos regimes especiais de reforma quando isso corresponder a práticas e usos no sector e quando tiverem carácter predominantemente contributivo.
  • Em segundo lugar, o princípio da equidade: os benefícios previstos para os órgãos de direcção ou administração devem inserir-se no quadro das regalias aplicáveis aos demais colaboradores.
  • Em terceiro lugar, o princípio da moralização: os benefícios dos planos complementares de reforma só podem utilizar-se após a cessação de funções e cumpridos que sejam os requisitos gerais de aposentação (idade e tempo de serviço); o regime de previdência aplicável aos membros dos órgãos directivos é o que tiverem à data da nomeação e os prémios de gestão vão depender da prévia contratação por objectivos quantificados.
  • Em quarto lugar, o princípio da transparência: consagra-se a regra da divulgação obrigatória dos estatutos remuneratórios, regimes de previdência, planos complementares de reforma e respectivos encargos anuais.

Resta-nos esperar para ajuizar da sua correcta aplicação prática, e, já agora, fazer por esquecer a dor que faz viver num País onde a enumeração destes princípios ainda é notícia!


terça-feira, setembro 13, 2005

Inquietação

Quando recordo o espírito dos militares que em 1974 saíram dos quartéis e sou confrontado com as actuais movimentações “em defesa do estatuto da condição militar” não posso calar a minha inquietação perante a possibilidade de se estar a retirar todo o sentido àquilo que então entendi ser a Condição Militar.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Desabafo

Primeiro foi Soares a "aceitar" fazer de parvo, perante gente a fazer de conta.
Agora foi Sócrates a fazer de conta perante muitos a fazer de parvos !
Que mais vamos ter que suportar?

Entretanto, os nossos 10% mais ricos comem um bolo 15 vezes maior que o dos 10% mais pobres, uma relação que nos coloca no 1º lugar europeu da iniquidade social.

segunda-feira, setembro 05, 2005


A quantos tiveram a desdita de assistir, há pouco, às palhaçadas de um tal major Valentim, que as câmaras das televisões cá da terra continuam a focar com a mais despudorada atenção, aquí deixo a minha solidariedade.



domingo, setembro 04, 2005



Porque será que sempre que penso em reatar a actividade deste blogue apenas me ocorre um longo texto cheio de palavrões ?