Repetir até à exaustão as virtudes que se deveriam reunir, para validar soluções que nada têm de virtuosas, se não é cansativo para o orador é, no mínimo, revoltante para o ouvinte que insista no seu direito a usar a massa cinzenta.
José Sócrates não tem o direito de continuar a “vender” as qualidades de Vara e ardilosamente usar a referência às suas funções de coordenador sabendo que deveria acrescentar “de segurança” – sim, coordenador de segurança! – para dizer a verdade.
José Sócrates não pode continuar a apregoar as virtudes de uma candidatura presidencial que as não tem, nem deveria esquecer que os partidos não “têm candidatos” à presidência da Republica.
José Sócrates estará no seu direito de apoiar quem muito bem entender, mas não é “bonito” ignorar que um respeitável Fundador do Partido Socialista optou por apresentar a sua candidatura!
Agora, porque a arrogância parece ser contagiosa, aparece um tal José Lello que, investido nas funções de guardião do templo, se acha no direito de excluir do debate político do partido, mesmo na sua terra natal, um dos seus mais respeitados membros!
Vinte anos depois de Salgado Zenha é Manuel Alegre que tem que afrontar uma estrutura em defesa de valores que se subvertem em prol de um caciquismo com novas roupagens!
Quem se chocou com a “expulsão” da fotografia de Freitas do Amaral da sede do seu partido não pode calar a indignação por esta nova canalhice.
Isto não tem elevação!
Isto é uma indignidade!