quinta-feira, abril 28, 2005

... outras na ferradura


(1) Já disse, e estou profundamente convencido de que, qualquer lei que não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos e não apenas os dos presidentes de órgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não resolve nada do que entendo fundamental nesta área: - renovação e recuperação de credibilidade.

Penso mesmo que, com a aprovação desta proposta do governo, se abre o caminho a habilidades locais que não é difícil imaginar, e que irão possibilitar a eternização de mandatos dos mesmos caciques que esta proposta pretende combater. E, o que é grave, tais habilidades colherão facilmente o apoio das populações.

(2) O que transcrevi no “post” anterior é do PSD, então PPD, mas poderia ser de qualquer um dos partidos políticos de então. Com aquele “inocente” jogo pretendi demonstrar

(a) Que o discurso político de então nada tem a ver com a de hoje, e daí um imenso rol de ilações que não cabem aqui.

(b) Que há coisas que, por mais que nos esforcemos, não conseguimos alterar.

(c) Que éramos, então, muito mais honestos do que hoje.



terça-feira, abril 26, 2005

Para meditar

O texto que se segue foi retirado do programa de um partido político português e data de Novembro de 1974

"Mas a detenção do poder económico dá ainda uma enorme van­tagem política. Os grandes grupos, através da publicidade e da tomada de posições-chave nos órgãos de comunicação de massas, podem influenciar a formação da opinião pública e portanto, indirectamente, da própria vontade colectiva. Podem ainda, das mais subtis formas, tentar corromper os governantes. Tal corrupção atingiu proporções escandalosas no anterior regime, através da circulação das perso­nalidades políticas entre o sector público e o privado e da simbiose pessoal de lugares num e noutro."

"A liberdade não é apenas privada de conteúdo pela multiplica­ção das dependências pessoais. É-o também através da alienação objectiva resultante da orientação para fins que prejudicam o desen­volvimento da personalidade".



Dá para adivinhar?

domingo, abril 24, 2005

De Abril


Do 24

Em África, todos os dias morriamos, em defesa daquilo a que o Estado Novo decidira chamar “Províncias Ultramarinas”.Com esta habilidade Portugal não se opunha ao fim do colonialismo; limitava-se a defender a integridade do seu território.
Gastava-se, com o esforço de guerra, uma percentagem não inferior a 45% do orçamento de estado.
Ainda havia quem só usasse sapatos para não ser incomodado pela Polícia quando ia à vila!
Nas famílias menos carenciadas equacionavam-se as várias hipóteses de conseguir que os filhos fugissem à tropa,
Nas nossas aldeias, inúmeros casamentos eram antecipados e as noivas guardavam no ventre um filho que o pai , apressadamente "deixava" antes de partir, para aprender, no medo da morte, a arte de matar.
Nas eleições, mais uma vez, a mulher nada tinha a dizer, e dos resultados, os habilidosos do costume se encarregavam .
De partidos políticos havia a ANP , nova designação da velha União Nacional. Outros não eram necessários; afinal só tínhamos que agradecer a Deus sermos tão bem governados!
Quase todas as deslocações de governantes portugueses eram assinaladas por essa Europa fora, com ruidosas manifestações de repulsa.
Conversas sobre as dificuldades do dia a dia, eram subversivas! Falar do governo, era recomendável que fosse claramente bem.
Jornais, espectáculos, o que quer que fosse, só depois da censura ou, mais recentemente, exame prévio!
Pouco cuidado à mesa do café e talvez no dia seguinte : “Oh António; estão aqui uns senhores à tua procura. Parece que querem falar contigo”.

Do 25

Para uns, o fim dessas e de tantas outras coisas.

Para outros, uns quantos irresponsáveis militares, manipulados pelo partido comunista, tentaram instaurar no País um regime ditatorial pró-soviético de que só fomos salvos graças à acção de uns quantos patriotas que contaram com o apoio de sectores mais moderados das forças armadas.

Para uns e para outros, fiquem sabendo, ainda recordo com saudade o calor de Abril !

E...”Maria, diz a esses senhores que já lá vou”
... ... ...
(Eram da comissão de festas! Estamos em 2005...)




sábado, abril 23, 2005

Em abono da verdade


José Ribeiro e Castro apresentou a sua moção ao Congresso do CDS e assumiu a sua disponibilidade para se candidatar à liderança.
Depois de, já a contragosto, ter acompanhado a intervenção de um Paulo Portas banal e quezilento ( ao seu “melhor” nível!), ouvi com muito interesse a excelente intervenção que proferiu, e manda a honestidade que, pese embora a profunda divergência de posições, aqui deixe uma palavra de justo aplauso.

José Ribeiro e Castro será, se os seus pares assim entenderem, o dirigente de que o CDS necessita para sair do atoleiro populista para que se deixara arrastar.A direita terá em Ribeiro e Castro o líder de que carece para se afirmar de forma responsável, depois de tantos anos de obscurantismo.
Freitas do Amaral vai seguramente dormir melhor.
Portugal, a Democracia e a esquerda só vão ganhar com isso!


sexta-feira, abril 22, 2005

Que raiva !!!

Se pudesse, ía lá e desatava à bofetada a todos eles.
À Fretilin, ou lá o que é, e à Igreja, se é que é isso!
Se pudesse, e me deixassem, havia de descarregar sobre eles toda a minha raiva, até que me aceitassem como inimigo a sério.
Talvez assim percebessem que aquele povo ainda precisa que se acautele o inimigo real que lhes ronda a porta!
Que merda, pá !!!

quinta-feira, abril 21, 2005

DA CULTURA ...

... OU DO MEU DIREITO À ASNEIRA




Quando a inauguração finalmente ocorre, damos conta da sua qualidade, reconhecemos a sua valia, lamentamos por uma última vez a derrapagem no custo e a irresponsabilidade de quem a acompanhou (ou foi pago para a acompanhar !) e pronto, podemos partir para outra; desta já nos livramos!

O Porto 2001 aí tem finalmente a sua Casa da Música, como Lisboa teve (e tem) o seu CCB e, quem sabe, um dia a minha santa terrinha terá também a sua feira das vaidades!

No próximo milénio, um muito considerado estudioso dissertará, provavelmente, sobre uma estranha civilização de que são referenciadas inúmeras ruinas de monumentos que tudo indicia se terem destinado à veneração de uma tal "Santa Ostentação", santa padroeira da Cultura, mas lamentará que, surpreendentemente, ainda estejam por encontrar provas de empenhamento de tal santa.


Continuamos a gastar (e como eu gostaria de escrever "investir") em betão e subsídios e, no entanto, basta olhar para a programação das nossas televisões para nos apercebermos da inutilidade do nosso esforço!

Porque a asneira é um direito que eu vejo ser exercido e reconhecido de uma forma particularmente generosa, aqui venho reclamar a minha quota-parte sugerindo uma nova abordagem.
Eu apostaria em algo muito simples e para gente perfeitamente normal! Muito trabalho e só três palavras : Estimular a procura.

quarta-feira, abril 20, 2005


Os muros erguem-se quando o medo ordena...

... mas não é o medo que comanda a vida.

segunda-feira, abril 18, 2005

Umas no cravo...


Deixem que vos diga que

(1) Me enganei quando receei que a questão dos medicamentos não sujeitos a receita médica pudesse ser uma mera troca de “lobbies”.

(2) Quando tive esperança de que o governo fosse capaz de definir primeiro o que seriam lugares de “confiança política” e só depois avançar com as suas nomeações, acertei.

(3) Reconheço que não fui justo quando insinuei que a afirmação de que não haveria aumento de impostos fosse apenas para adiar e prolongar por mais tempo o “estado de graça” do governo.

(4) A proposta de lei de limitação de mandatos parece, mesmo, mais uma “lei anti-Jardim” do que uma proposta deste governo. Qualquer lei que, nessa área, não limite, embora com critérios distintos, os mandatos de todos (aproveite-se a revisão constitucional para admitir isso!) e não só os presidentes de orgãos com poderes executivos, e, em simultâneo, não introduza mecanismos para correcção gradual das regras de atribuição de pensões de reforma a detentores desses cargos, não é credora do respeito dos portugueses (ou, pelo menos, do meu !).

(5) Considero vital que em Junho, o governo fale muito claro às pessoas! Já há quem, abusando da pouca informação, insinue que os preocupantes indicadores económicos há dias adiantados pelo FMI são consequência da acção deste governo e o seu silêncio se destina a encobrir tal facto!

(6) Gostei de ouvir a entrevista de José Sócrates. Transmitiu serenidade, evidenciou determinação e foi muito claro. Isto, partindo de quem escreveu isto ...é obra!


Adenda: Que se não interprete o ponto (4) como qualquer forma de apoio aos disparates do Alberto João!



Porque não?


E pronto.
Às duas por três vejo-me engrenado nesta cadeia de revelar leituras e talvez posturas. Sim por que não é bem despirmo-nos em público,... mas é tirar quase tudo!
Aqui vão as perguntas e as respostas e a minha manifestação de muito apreço aos meus “indigitados”


Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não sou capaz de tal maldade. Até respeito os que escrevem para vender.
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por uma personagem de ficção?
Talvez em miúdo. Se calhar... o Sandokan. O tipo era fixe.
Qual foi o último livro que compraste?
Khadi-murat” de Tolstoi
Qual o último livro que leste?
Finalmente, o “Equador” de Miguel de Sousa Tavares
Que livros estás a ler?
Estou a reler “A criação do Mundo” de Miguel Torga e vou lendo “Melo Antunes, o sonhador pragmático” entrevista de Maria Manuela Cruzeiro.
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
”Servidão Humana” de Somerset Maugham, “Os insubmissos” de Urbano Tavares Rodrigues, “Vinte anos de poesia” de Ary dos Santos, “A guerra do fim do mundo” de Mário Vargas Llosa e “Obras de Gil Vicente” da Lello & Irmão em papel bíblia ( espero que não seja considerado batota !)
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Ao José A Martins do “Briteiros”
Ao Carlos Araújo Alves do “Ideias soltas”
Ao Homem das Neves do "Sob a estrela do norte"
Porque gosto do que escrevem e decerto acederão a que saibamos dos seus gostos.


sexta-feira, abril 15, 2005

Preocupações


Numa daquelas conversas de café, na mesa de que já aqui falei há tempos, comentavam-se os aplausos que uma daquelas ilustres figuras do Estado Novo conseguira arrancar de uma plateia de “fieis seguidores”, quando o meu amigo Jorge se saiu com esta:
“olha pá, quando um gajo se convence que os outros só têm cabeça para acenar, já está perdido(*)”.

Vem isto a propósito de um texto que fui encontrar no 4ª República e do comentário lá aposto. Sugiro que vão ver. Mas, por favor, se acharem que sou eu que estou "perdido", digam-mo sem rodeios! Começo a ficar preocupado!!!

(*) não foi exactamente esse o termo usado.



Na ordem do dia


No meu tempo da tropa, depois do jantar, a malta tinha hipótese de dar uma volta, dentro ou fora do quartel, e rigorosamente à hora estabelecida, tínhamos todos de estar formados para “responder à chamada” e ouvir ler o essencial da chamada “Ordem de Serviço”.
Era o “recolher” a que se seguiria um pouco mais tarde o “toque de silêncio”.
Bonito, o toque, nas suas vestes de caqui!

Mas a ordem de serviço dizia tudo.
Rezava assim: “Determino e mando publicar: Serviço para amanhã , dia....”
E lá enumerava tudo o que, naquele mundo, era necessário que se soubesse e nada aconselhável que se esquecesse.
Até se determinava lá quando é que era autorizado ter frio:- “a partir do próximo dia x é autorizado o uso de capote”!

Neste mundo dos blogues, como no mundo da informação, também está instituída uma ordem, tão detestável como aquela outra e com a agravante de que nem sequer se sabe quem a determina e creio que ainda ninguém pensou publicá-la!

“A ordem do dia” manda que se farta e acaba por nos arrastar para o grave pecado de todos dizermos quase o mesmo sobre a mesma coisa. Não fora o maior jeito de alguns mais qualificados, e isto seria uma penosa pasmaceira!

Dito isto, creio que ficará claro porque é que hoje não vou dizer nada sobre a Casa da Música, nem sei quando darei a minha opinião sobre a entrevista do sr primeiro ministro, que acompanhei com atenção.
Quanto ao Sporting direi, um dia destes, que até o benfiquista que há em mim ...gostou do que viu!



quarta-feira, abril 13, 2005

Aqui para nós


(1) Sócrates foi a Espanha “abrir as portas” do mercado, às empresas portuguesas e Zapatero, perante as dúvidas que se colocam sobre a receptividade do mercado espanhol em relação às empresas portuguesas respondeu "Espanha é um país aberto à concorrência e ao investimento estrangeiros, pelo que queremos dar a máxima abertura à presença de empresas e investimentos portugueses."

Agora, aqui para nós, isto ainda é notícia?!



(2) "O Grande Oriente Lusitano (GOL) vai entregar à Torre do Tombo a lista de 3600 agentes e informadores da PIDE guardada há 30 anos pela Loja Liberdade, anunciou ontem o grão- mestre da Maçonaria Portuguesa, António Arnaut "
"O documento, entregue sábado ao grão-mestre durante um banquete em Lisboa, tinha sido encontrado, logo após o 25 de Abril de 1974, por um membro da Loja da Liberdade no Palácio Maçónico."

Mas, aqui para nós, não é estranho que tenha estado 30 anos nas mãos de um particular? É que as razões terão sido, por certo, as mais louváveis deste mundo, mas também dá para pensar nas mais sinistras!!!



(3) Por sugestão do “Puxapalavra” visitei o site do clube de fans do cardeal Ratzinger e fiquei perplexo!
Nunca me ocorrera que o sr Cardeal tivesse um clube de fans, e era para mim inimaginável que se vendessem t-shirts e outros adereços com tal imagem de marca. Mas o tipo de mensagem que transcrevo a seguir, destroçou-me completamente
:

“As Grand Inquisitor for Mother Rome, Ratzinger keeps himself busy in service to the Truth: correcting theological error, silencing dissenting theologians, and stomping down heresy wherever it may rear its ugly head -- and, consequently, has received somewhat of a notorious reputation among the liberal media and 'enlightened' intellegensia of pseudo-Catholic universities.”

Aqui para nós, não volto lá!!!

terça-feira, abril 12, 2005

Breves #2


(1) Ontem ficamos a saber que um ilustre sindicalista da nossa PSP está a colaborar com alguém alemão num documentário onde, pelo que deu para entender, vão merecer destaque todas as nossas misérias na área , sem esquecer a prestimosa colaboração da população sempre que uma viatura vai a baixo na via pública e precisa dum empurrão.
Ah grande sindicalista!



(2) “Com a extinção da Secretaria de Estado da Administração Judiciária, foram suspensas as despesas com os vencimentos do secretário de Estado, chefe de gabinete, adjuntos, assessores, secretárias pessoais, motoristas, viaturas e telefones móveis, entre outras. Assim, os 500 mil euros apurados naquelas despesas passaram a ser afectados à viabilização do pagamento de indemnizações, já fixadas, a vítimas de crimes violentos.”
Se esta moda pega ...



segunda-feira, abril 11, 2005

O título:

Sida atinge 40% das grávidas imigrantes


O texto:

Cerca de 40% das grávidas infectadas com o HIV atendidas pela Maternidade Alfredo da Costa, em 2004, eram imigrantes, revelou a médica Cristina Guerreiro, num seminário sobre a saúde das mulheres imigrantes.

Uma "prenda" do Jornal de Notícias

sexta-feira, abril 08, 2005

Casamentos (?!)


No Blasfémias (link à direita), anda um debate aceso entre dois “liberais” residentes e mais alguns não residentes, à volta do casamento e de “outras coisas” a que também querem chamar o mesmo (se é que é isso?!).

Para abrir o apetite, tirei dum post de RAF, o seguinte:

“Seguindo: sendo eu um liberal, não subscrevo o que JM escreve quando afirma não existir qualquer "objecção liberal ao (...) casamento entre seres de espécies diferentes": pese embora não me incomode que o meu amigo JM firme com o seu cão ou com o seu periquito um qualquer acordo de partilha afectiva, e perceba que a afirmação aqui tenha um sentido piedético, discordo que se chame a isso "casamento". É de mau gosto.”

”O casamento é uma convenção que radica, primariamente, no direito natural, e que mais não é do que a decisão de duas ou mais pessoas viverem em conjunto, constituindo um corpo familiar e assumindo tudo o que ele acarreta, no plano afectivo e material.”


E ao post seguinte, de JM, fui buscar isto:

“ Em última análise só pode existir uma posição liberal sobre um determinado assunto. A existência de duas posições liberais sobre o mesmo assunto transformaria o liberalismo numa filosofia relativista que eu penso que não é. “

Eu, que de liberal não tenho rigorosamente nada, já consegui entender que pode haver diferentes posições de liberais mas só uma delas é liberal. Foi uma grande conquista!!!

Quanto ao casamento, enquanto cidadão convictamente conservador nestas matérias, só espero que me reconheçam o direito de não ter necessidade de acrescentar mais nada quando me for perguntado qual o meu estado civil. Juro que nada mais reivindico nesta área!

Nunca regatearei empenhamento na defesa do direito à diferença, assumida com dignidade, mas de folclore e falsos progressismos, já começo a ficar cansado!



quarta-feira, abril 06, 2005

Breves # 1


(1) E não é que a ocupação dos alunos durante os “furos” é mesmo um problema muito sério para as escolas?!
Porque será?

(2) Pronto. Para quem tinha dúvidas aí está! Não é nos Governadores Civis que vai haver redução da despesa!

(3) Segundo o JN, chama-se sulfato de glucosamina o extracto natural que ajuda doentes a preservar e reconstruir articulações e portanto alivia os doentes com artrite reumatoide. E, pelos vistos, pode encontrar-se nos crustáceos!
E tinha que ser logo no marisco?! E ao preço que está?!

(4)
No Blasfémias, o Gabriel Silva indigna-se com o facto do Sr Presidente da República ter oferecido ao Sr Cardeal Patriarca os serviços do Falcon e o seu leitor Luís Lavoura comenta que acha “muito mais justificável pedi-lo para ir ao Príncipe”.
Um usa (ou abusa!) e o outro oferece; a diferença de objectivos é conhecida...
Estamos todos tolos?



terça-feira, abril 05, 2005

Assim, não vamos lá!


Segundo o DN, o Governo admite extinguir os exames do 9º ano já em 2006.
É certo que a leitura do texto não confirma o título, mas deixa sinais que não indiciam nada de particularmente interessante para quem todos os dias é confrontado com referências pouco elogiosas ao nível do ensino em Portugal.

É verdade que os exames não são propriamente uma modalidade de formação, mas contribuem seguramente para a criação do desejável clima de responsabilização de que vamos precisando, para sair do lamaçal do facilitismo em que nos afundamos.
Mas se já antes da primeira edição de uma prova se admite a hipótese da sua extinção, dificilmente se pode esperar que cheguemos a bom porto!


segunda-feira, abril 04, 2005


Já há dias tinha ouvido a notícia mas, como gato escaldado, deixei arrefecer.

Em Portugal, por hora, morrem 3 pessoas vítimas de AVC !!!

Para Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a melhor prevenção é manter uma alimentação saudável, à base de legumes, fruta e alimentos com pouca gordura saturada, fazer exercício físico e medir regularmente os níveis de colesterol no sangue, o que "pode ser feito até numa farmácia com uma simples picadela no dedo" (esta, para mim, é nova!).

Mas aqui para nós, penso que também convirá que não levemos muito a sério (ou será à séria?) os excessos de informação que este governo nos está a facultar!

É que isto enerva, pá!!!